segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Comédia dos Três

Ato 1 – O Esplendor de Esplendória


Cena 1 – Um Encontro Inesperado


Cenário: Capital do Reino de Esplendória, a maior cidade do Reino é sede de uma importante competição que ocorre no dia em questão, a cidade está bem mais movimentada que o normal, pessoas vinda de todos os lugares do Reino se juntam para anunciar seus produtos utilizando-se da melhor estratégia de marketing criada até hoje: gritar a plenos pulmões e oferecer pechinchas falsas à viajantes desinformados.


Iluminação: Luz do dia.


Contracena: Lyin


Figurantes: Cerca de 50.000


Entro eu correndo pelo palco abrindo caminho na multidão, volto-me para trás e grito.


Raihma: Parem de me jogar panelas e cebolas! Todos sabem que só se torna uma grande cantora de Ópera com muito treino e dedicação. Não vejo qual o problema de realizar meus exercícios de voz das 3 às 6 horas da manhã. (Viro-me para a platéia). Mas não ligo, pois um dia jogar-me-ão flores e moedas de ouro. Uma estréia em Esplendória, a capital do Reino, seria um belo pontapé inicial! Não no traseiro, como estou acostumada – já adaptei minha armadura para minimizar o impacto – mas em direção ao estrelato! Huh!? O que é aquilo?


Reparo em uma criatura muito pequena no meio dos vários pés que caminham despreocupados e por pouco não pisam nela. Bom... Não sou lá muito bem o tipo de pessoa com moral para julgar tamanho, afinal há um motivo pelo qual nós Anões, somos chamados de Anões. Mas deve haver também um outro motivo muito forte pelo qual outras criaturas são chamadas de “metade de alguma coisa”. A primeira vista, pensei que se tratava de uma criança esfarrapada, abandonada na rua, uma menininha de cerca de 10 anos de idade, mas quando me aproximei, vi que parecia ser mesmo uma mulherzinha com não mais de 90 centímetros de altura, sentada no chão, desenhando coisas sem sentido com um graveto na terra.


Raihma: Olá, minha filha, tudo bem com você?


Lyin: Oi! (sorrindo)


Raihma: Qual o seu nome?

Lyin: Lyin.


Raihma: E o que você está fazendo aí, menina?


Lyin: Não sei...


Raihma: Não sabe? E de onde você veio?


Lyin: Não lembro...


Raihma: Coitada! Está com amnésia... Eu também fico assim quando bebo vodka anã. Mas me diz, por acaso você não teria algum dote artístico?

Lyin: Não sei...


Raihma: É que estou escrevendo uma Ópera, sabe? E estou já estou formando um elenco que possa interpretá-la.


Lyin: Ah.


Raihma: Você por acaso não sabe cantar, dançar, tocar algum instrumento, plantar bananeira ou fazer contorcionismo? Você é pequena e ágil, umas aulas de dança não lhe cairiam mal...


Lyin: Não sei... Se sei alguma coisa...


Raihma: Bom, podemos testar isso agora! Os verdadeiros talentos artísticos não são afetados por amnésia. Vamos, levante-se!


Lyin se levanta e espera que eu lhe diga alguma coisa, Eu então faço alguns testes com minha voz, respiro fundo, faço movimentos com a boca e começo a cantar bela melodia escrita pelo Bardo Cavarotti e sua viagem às frias montanhas onde hipopótamos amarelos dançavam valsa com javalis de bengala enquanto discutiam assuntos da metafísica dos botões da camisa.


Lyin se mostra tímida no começo, mas a medida que chego no refrão (momento em que os javalis giram em torno das suas bengalas) a Halfling se mostra uma perfeita acrobata no momento em que após de tropeçar em caixote se agarra na barba de um velho que está observando, gira e salta, trançando a barba do velho e cai nos braços de um forte cavaleiro que também tinha parado para olhar.


As pessoas que se reunem à volta aplaudem e se divertem com a perfomance até o momento em que uma sombra gigante cobre toda praça. Todos olham para cima estupefados, fico em silêncio e observo com a mesma admiração até que sombra se vai e multidão se desperse, deixando alguma moedas em meu capacete.


Raihma: Sabe o é aquilo, garota?


Lyin: Um barco que voa?


Raihma: É a nossa porta de entrada para o sucesso! E nos levará ao palco do grandes artístas!


Lyin: Ainda me parece um barco que voa. E ele está indo para o Coliseu - não sabia que gladiadores e feras selvagens eram grandes artístas.


Raihma: Venha, pequenina! Chegou nossa hora de brilhar!


Agarro o braço de Lyin e a puxo para fora da Cena. Baixam as Cortinas


Fim da Cena 1. - Começa a Orquestra


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Raposa, A Transmorfa...


Raposa, A Transmorfa:

Raposa já foi um homem um dia... Um guardião das florestas conhecedor da natureza.


De temperamento calmo e calculado, Raposa era um entendido das coisas da natureza e protetor convicto da fauna e flora local.

Raposa vivia em um pequeno acampamento de elfos que faziam as patrulhas de proteção da vasta floresta negra que separam Salum de Bonança se estendendo até o sul.

Responsável pela caçada aos homens lagartos que estavam infestando o local, Raposa chega até seu covil das criaturas, um antigo templo... mas não antes de se encontrar com Kim.

Raposa juntamente com Kim limpou o templo, mas desencadearam uma abertura de um portal para o Plano Caótico. Raposa em meio a confusão da magia acabou recebendo transformações em seu corpo. Primeiramente tornou-se uma mulher. E um amuleto mágico se projetou em seu peito repleto de energia das florestas do Plano Caótico.

A partir de então Raposa se transformou em uma espécie de transmorfa, alterando seu corpo com o poder do amuleto. Desde o corpo inteiro, até uma parte apenas deste, Raposa se modela permanentemente até que se seja trocado por um novo poder do amuleto.

Ela ainda aventura-se com Kim utilizando-se do seu poder para conhecer mais sobre as particularidades da natureza.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Enquete: Red Hand of Doom - 3ª ou 4ª edição?

Então pessoal... parece que temos um impasse quanto à isso, esta semana eu e o Felipe conversamos sobre isso, (estava meio alterado no momento da conversa mas estava ciente de tudo hehehehehe) eis um resumo da discussão:


Nota: comentário entre [colchetes] foram adicionados no momento da edição


...


(Após uma breve discussão sobre Narati e Ymirian e xingar um pouco o GG)


Thiagaum: Vou focar as férias no término da Mão Vermelha (seja em 3ª ou 4ª edição) e na sequencia de Narati.


Felipe: Ah... Quanto à isso repensei... e por mim não quero mais passar ela pra 4ª edição. Sabe porquê? To sentido um pouco de saudades de jogar como mago MAGO de verdade. Hehe.


Thiagaum: Haha! Li uma matéria sobre isso esses dias em um Blog, mas o cara defendia a 4ª edição, disse que foi uma boa tirarem a tecla de "autowin" dos magos. (Ponei Rider Blog - 23/10/2009)


Felipe: Autowin? Como assim?


Thiagaum: "Vitória Automática"


Felipe: Ainda não entendi XD


Thiagaum: Vide Jill - "Uso sugestão" - "Ok o monstro está sobe seu controle durante (nível do mago horas)" [sem contar que o conceito de "sugestão" ainda me é muito abstrato, não é dominação total mas também não é só um favorzinho].


Felipe: Haha! Agora entendi. Mas isso é tão bom! Adorooo! E a gente tem que ralar tanto pra chegar nisso.


Thiagaum: Mas você concorda que o equilíbrio é perdido e os outros jogadores ficam sem o que fazer? Acontece sempre uma coisa que você já reclamou comigo e com os outros jogadores no qual todos esperam que a Jill use sugestão ou se transforme em Hidra e vença a batalha.


Felipe: Não é bem assim, porque tenho em média apenas duas sugestões por dia e encontramos bem mais de dois monstros em um dia. E quanto à Hidra tem alguns detalhes que estávamos errando e a tranformação não era bem assim. O fato é que Jill faz tudo sozinha porque o resto do grupo não se coloca.


Thiagaum: Mas isso pelo que parece é o que acontece com a maioria dos grupos: o mago rouba a cena, aperta sua tecla de "autowin" e espera, junto dos outros, pra ver o que vai acontecer.


Felipe: Eu penso da seguinte forma: o mago é pra jogador experiente que tenha um bom diálogo com o mestre. Afinal, acredito, de certa forma, num equilíbrio até o nível 20, o mago usa seu "autowin" em um combate só e se o mestre colocar mais coisas que utilizam magias não combativas a questão é até minimizada.


Thiagaum: Bom... Tudo bem... Mas quanto à Mão Vermelha em 3ª ou 4ª edição, não vou negar que prefiro na 4ª. Prefiro ter um trabalho de adaptação antes do que a dor de cabeça clássica que a 3ª edição gera durante o jogo, sei que há vários problemas, mas podemos discutir isso com os outros jogadores.


Felipe: Tá ok. Montamos então uma enquete no Blog.


(...)


É pessoal... acho que já puderam ver minha posição na discussão... tenho uma coisa a complementar: independente do que decidirmos, não mestrarei a 3ª edição de má vontade, afinal vocês já conhecem seus personagens no modelo da 3ª e a aventura foi criada pensando-se nas regras da 3ª. Entretanto, sei que todos já estão cientes dos problemas pelos quais passamos nos últimos jogos onde usamos a 3ª edição (me refiro tanto à Mão Vermelha quanto à trilogia Porto Livre) - tudo bem que os jogadores mais problematicos não estarão participando das sessões que estão por vir, mas na minha opinião a 3ª edição é problemática por si só.


Por outro lado, no tempo que estive adaptando a Mão Vermelha para a 4ª edição percebi que enfrentaria algumas complicações técnicas, mas teríamos a oportunidade de uma experiência de jogo maravilhosa que talvez, por falta de encontros e tempo não a teremos em um tempo tão breve, sem contar as diversas vantagens que já listamos da 4ª edição sobre a 3ª (dinamismo, simplicidade, oportunidades iguais para todos, etc etc etc).


Sei que ao transpormos os personagens de um sistemas para o outro, algumas coisa ficarão perdidas, afinal, reconheço que a 4ª edição tem suas limitações sim. De qualquer forma, penso que esse é um problema de ordem menor, já que os personagens que estão envolvidos têm mais espírito (são quase pessoas vivas hehehe) do que dependência de regras. Jill, Dante, Pullus e Arquimedes serão sempre os mesmos independente do sistema ao qual estiverem construídos.


Naturalmente, estamos aberto à discussões... e então? O que pensam disso? Deem também suas opiniões a cerca da discussão sobre a tecla de Autowin do mago.

Um grande abraço a todos e comentem!

Thiagaum


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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Taliesin, O Vagabundo...


Taliesin, O Vagabundo:

Nada descreve melhor Taliesin. Filho de mercadores ricos em Luduvick ele passava o dia e a noite bebendo e jogando cartas, além de cometer pequenos desfalques na herança do pai.

Cansado de tentar dar jeito em seu filho, Talles envia Taliesin em uma longa viagem na embarcação de mercadorias para Esplendória, acreditando que a vida no mar daria conta de pôr juízo em sua cabeça.

Entre as bebedeiras no barco e as poucas vezes que realmente trabalhou durante as primeiras semanas de viagem, Taliesin só daria um jeito em sua vida quando numa neblina em alto mar viu coisas realmente estranhas acontecerem.

Taliesin até hoje não se lembra de fato do que aconteceu na neblina. Tem vagas lembranças de um canto melodioso, cartas voando e um enorme vórtice azul. Quando acordou estava em terra firme em uma pequena ilha, com uma garrafa de rum ornamentada em uma mão e um baralho em branco na outra. Um velho pescador disse algumas palavras que ele nunca esquecerá: _ Respeite a vontade de um velho pai. Apontando para a garrafa e para o baralho o velho acrescentou: _ A Garrafa foi brindada com a as águas da ilhas do Plano Caótico. E logo depois disso desapareceu.

Taliesin não sabe o que de fato acontece, mas quando bebe da água que parece ser ilimitada na garrafa fica completamente bêbedo e enxerga coisas nas cartas que se projetam para fora dela. A ressaca depois é que é fogo!

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Hur, O Forasteiro...


Hur, O Forasteiro:

Um grande humanóide com traços felinos e chifres de bode.








Assim pode se dizer que é Hur, um desconhecido para muitos e temido por todos. Quando chegou a cidade de Bonança arrastado pelas correntes marítimas até a praia, estava somente com a roupa do corpo e completamente confuso.

Chamado durante um tempo apenas de forasteiro, Hur foi acolhido pela milícia da cidade e mesmo com a aparência pouco comum, e não muito amistosa, conquistou os cidadãos de Bonança com sua paciência e cordialidade.


Quatorze anos se passaram para nosso forasteiro que mostrou ter a longevidade dos elfos e recentemente o tempo lhe presenteou com vagas lembranças de quem era ele e de onde viera. Lembrou seu nome, que era um cavaleiro do reino de Agarillia, e que estava numa busca pela princesa do reino.

Decidido a deixar sua historia no passado, mesmo que tendo um forte desejo de buscar saber mais, Hur permanece em sua cabana em Bonança e fazendo parte da milícia até uma fatídica manhã quando recebe um ‘presente’ de um estranho.

As mãos de Hur agora empunham uma espada mágica falante impregnada de energia mística das planicies do Plano Caótico.

A espada com temperamento emotivo e excêntrico nunca abandona Hur e o levou a aventurar-se para descobrir mais sobre sua história.

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Kim, A Bruxa...


Kim, A Bruxa:

Uma alquimista humana rejeitada pela sociedade, considerada uma bruxa perigosa e maléfica.




De temperamento difícil, muito poder e pouco controle, Kim sempre causava confusões exageradas por onde passava, criando vários experimentos que colocavam não somente sua vida em risco como a de toda a população de seu vilarejo de origem, Salum. Condenada a fogueira pelos cidadãos Kim fugiu para um antigo templo abandonado na região.


Conheceu então Raposa um elfo druida, que a ajudou a explorar as ruínas do templo, no qual descobriram ser um antigo templo a serviço do deus do Caos e que agora era habitado por muitos homens lagarto.


Com seu poder mágico e alquímico Kim acabou criando uma fenda planar e sendo tocada pelo próprio poder do plano caótico. Em meio ao cataclismo mágico e as trocas ambivalentes alquímicas Kim perdeu o calor corporal e a faculdade de sentir emoções extremas em troca de um poder imbuído de energia necrótica dos pântanos do Plano Caótico, que se materializou em seu caldeirão.


Hoje mais apática ao que acontece a sua volta Kim continua fazendo seus estudos e experimentos em suas constantes viagens ao lado de Raposa.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Primeira Caçada

Capítulo 3 - A Biblioteca

Saímos do prédio e fomos em direção ao carro de Martin, por sinal, muito corajoso por parte dele parar um carro caro e novo em um bairro como esse. De qualquer forma, Martin, ou qualquer um dos outros que tinha acabado de conhecer pareciam não ter essas preocupações “mundanas”.

Martin destravou as portas do carro e enquanto entravamos, se abaixou e colocou a xícara de café no chão, eu não vi o que era, mas percebi que ele sorriu e acariciou alguma coisa próxima do chão, talvez, um cachorro?

Acho que não.

- Bom, Blissid, como você é nova vou explicar o que vamos fazer – começou Keane, que estava no banco de trás comigo, Martin ia dirigindo e Ruben ia ao banco de passageiro.

- Me chame de Sofia.

- Tudo bem, como quiser Sofia – continuou Keane – a primeira coisa que precisamos é conseguir informações, como você viu no computador.

- Certo, iremos ao museu então? – indaguei.

- Não! Não! Os policiais, sem ofensas, já fizeram tudo por lá. Vamos à biblioteca – nesse momento, Keane abaixou os olhos e perguntou sussurrando – vamos consultar o Necronomincon.

- O que é isso? – perguntei confusa, pensando já ter ouvido esse nome em algum conto ou filme de horror.

- É uma espécie de “Bíblia” do ocultismo, sobre quase tudo que se esconde atrás das sombras há algumas linhas escritas nesse livro. Antes ele era comum entre grupos como o nosso, afinal, é indispensável para o nosso trabalho, mas ultimamente, parece que todos eles têm desaparecido, daí então, a Noite garante acesso a uma pessoa de cada grupo a uma sessão especial da Biblioteca Municipal, onde não só o Necronomicon mas outros livros interessantes podem ser encontrados. No caso do nosso grupo, sou eu a pessoa quem tem acesso a essa sessão. Posso te dizer uma coisa? Lá não é um lugar agradável de se estar, e coincidentemente, ou não, nunca encontrei ninguém por lá, por mais tempo que eu passasse lá, ninguém de outro grupo de caçadores nunca apareceu por lá, bizarro, isso, não?

Eu não sabia o que pensar, aquilo parecia loucura demais para mim, mas tudo parecia tão real... Foi então que algo subitamente veio à minha cabeça:

- O nome do objeto era: “O Ídolo de Moisés”, não era? – Keane me encarou e mexeu a cabeça positivamente –

Mas como pode haver um ídolo de Moisés se ele detestava esse tipo de coisa?

Um silêncio pairou no carro, Keane, Ruben e Martin (pude ver pelo retrovisor) me encararam surpresos.

- O que foi? Nunca leram a Bíblia?

- Só tem bobagem naquele livro, não perco meu tempo com essas coisas – respondeu Martin arrogantemente.

- Não tem nenhuma no lugar de onde vim... – comentou Ruben.

- É... bem... no meu caso, digamos que eu... matei algumas aulas de catequese... – respondeu Keane meio sem jeito - Mas conte-nos mais, Sofia.

- Bom... eu também não sei muito, só o que aprendi na catequese e em alguns filme que assisti, por sinal, há um clássico sobre a história de Moisés. O que eu sei é que quando Moisés subiu no Monte Sinai para receber as tábuas da lei, os hebreus, que ficaram semanas esperando ao pé do Monte, temeram que Deus e Moisés os tivessem abandonado, por isso voltaram a adorar os ídolos Egípcios, juntaram todo o ouro que tinham, forjaram um grande ídolo – no formato de um carneiro – e começaram a adora-lo. Quando Moisés voltou e viu aquilo, ficou tão furioso que quebrou as Tábuas da Lei – com os mandamentos – dizendo que os homens não mereciam todo o trabalho que teve para se renderem tão facilmente aos ídolos mundanos.

Quando terminei de falar, Martin freou o carro em frente a um farol vermelho.

- Viu Ruben? A novata até que é esperta – comentou Martin.

- Você devia se envergonhar, Martin. Você é que devia nos ter contado isso.

- Digamos que eu estava muito ocupado na época, meu caro.

- Bom, - interrompeu Keane – isso explica algumas coisas... Na verdade, coloca alguns pontos de interrogação na história que não sabíamos que existia.

- De qualquer forma, o Ídolo da história de Moisés era bem grande, pelo menos no filme mostravam assim, não com apenas dez centímetros de diâmetro.

- É... mas como estava nas nossas informações iniciais, “O Ídolo de Moisés” é apenas um nome popular, popular não, dado por historiadores, e esse caras adoram inventar coisas que não fazem sentido.

- Droga de sinal! Não vai abrir? – interrompeu Martin com um grito – não temos a noite a noite inteira aqui! Abra logo!

Nesse momento, percebi que éramos os únicos na rua. Não havia nenhum outro carro ou pessoa nas redondezas. Martin deu uma buzinada forte e então o carro morreu.

- Droga! Mais essa! – disse ele nervoso tentando religar o carro, mas sem efeito.

- Tem alguma coisa estranha aqui... – comentei como se não estivessem me ouvindo.

- Você tem razão, garota, olhe aquilo – respondeu-me Ruben.

Havia alguma coisa caminhando sobre poste do farol, era difícil dizer a forma exata, era pequeno, totalmente obscuro, parecia ter umas seis patas finas que grudavam em volta do poste fazendo-o permanecer firme, em sua cabeça redonda, sem traços de boca, nariz ou algo parecido, apenas dois olhos vermelhos brilhavam como o farol ao lado.

- Não pode ser! Droga! Droga! Droga! – gritou Martin tentando abrir a porta do carro.

Tentamos todos abrir as portas, mas estávamos trancados por dentro, quando me virei percebi que criaturas parecidas se espalhavam pelo chão cercando nosso carro.

- Vou tentar fazer alguma coisa – comentou Ruben.

Nesse momento, confesso que não tinha visto coisa mais estranha, mas era apenas o começo do que eu ainda estaria para ver, ouvir e conhecer. Ruben encostou a cabeça no banco fechou os olhos e então seu corpo começou a derreter em até se tornar uma massa negra e adquirir uma forma líquida gosmenta. O amontoado de piche - como parecia - escorregou por entre as frestas do carro e desapareceu de minha vista.

Keane que parecia ignorar ou estar acostumado com o fato, falou assustado:

- São larvas! Criaturas demoníacas que possuem o corpo de organismos vivos para se desenvolverem, estas devem ter possuído animais, mas provavelmente você não vai conseguir identificar que tipo de anim....

Keane foi interrompido por um forte baque na janela do seu lado, uma larva, havia grudado no vidro, uma de suas patas fez uma pressão incrível contra o vidro, espatifando-o e acertando o ombro de Keane, que respondeu com um grito.

Minha reação foi instantânea, puxei meu revólver e descarreguei-o contra a criatura que, por sua vez, sentiu o impacto de cada bala, mas não parecia enfraquecida.

- Esse tipo de munição não funciona! – gritou Keane, com o ombro sangrando e o braço arranhado por cacos de vidro enquanto lutava contra a criatura

- Ora! Keane, você esqueceu de dar uma arma à novata? – gritou Martin nervoso – será eu tenho que fazer tudo? Pegue a minha, garota!

Ele me entregou uma arma, que eu nem tive tempo de olhar como era, só peguei, apontei e atirei contra a larva novamente, mas dessa vez, quando a munição tocou seu corpo ela se contorceu parecendo exprimir dor, mas ainda estava viva. Antes que eu atirasse novamente, Ruben, em sua forma humana, por assim dizer, agarrou-a do lado de fora do carro, jogou-a no chão e pisou em sua cabeça, fazendo-a estourar em uma mistura de piche com sangue. Logo em seguida, diversas criaturas começaram a se amontoar sobre ele.

Martin finalmente conseguiu ligar novamente o carro, se virou para mim e perguntou:

- Ei, Novata! Sabe dirigir?

- Claro que sim!

- Ótimo, então leve o Keane direto para a Biblioteca, lá vocês estarão protegidos.

Nesse momento, ocorreu outra coisa fenomenal, que machucou meus olhos e minha sanidade desacostumados. Martin levantou sua mão direita concentrado, pronunciou algumas palavras em um idioma que nunca imaginei existir e em seguida encostou a mão na porta ao seu lado. No instante seguinte, alguma espécie de energia, que com certeza não foi sua força, fez com que a porta se despregasse do carro voasse na direção de algumas larvas esmagando-as.

- Morram suas crias de Lúcifer! – gritou Martin descendo do carro e disparando contra diversas larvas que se contorciam até ficarem inertes.

Aproveitei a cobertura para pular para o banco da frente e acelerar o máximo que pude. Na polícia já havia passado por situações difíceis e perigosas, mas essa foi a situação mais anormal e pavorosa pela qual estava passando.

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domingo, 27 de setembro de 2009

Sob as Sombras - A Primeira Caçada

Capítulo 2 - O apartamento


Entrei com um pouco de hesitação, de alguma forma, aquele apartamento parecia ser o menos pior daquele prédio, a mobília da sala se resumia a dois sofás velhos e rasgados, uma mesa de centro e uma pequena escrivaninha com um daqueles computadores que se percebe que são mais velhos que você. Na janela estava um terceiro homem fumando, usando com a camisa amarrotada e a gravata afrouxada, parecia ter acabado de terminar seu expediente.

O homem chamado Ruben, fechou a porta atrás de mim, o rapaz do sofá veio ao meu encontro, me cumprimentou meio timidamente e se apresentou como Keane e apresentou o fumante da janela como Martin.

- Rapaz, acho que está me confundindo, não sou nenhuma novata, trabalho na polícia há mais de cinco anos e meio e vim aqui por uma emergência.

- Há! Eles sempre fazem parecer uma emergência, não é Ruben? - comentou o homem da janela

- É... e quando nos damos conta, vemos que nunca é grande coisa...

Keane voltou a falar:

- Por favor, pessoal, não deixem a detetive assustada. Não se preocupe, minha cara, mas nem sempre entendemos porque recebemos o Chamado.

- Chamado? Como assim?

- O Chamado da Noite, você foi convidada a se tornar uma de nós e ao ter vindo até aqui, você aceitou o convite.

- Como assim uma de vocês?

Antes que Keane começasse a me explicar, o homem da janela, Martin suspirou arrongantemente e comentou:

- Será que tem café?

- Nunca tem café - respondeu-lhe Ruben.

- Hum... Talvez então seja por isso que a novata entrou para o grupo! Ei, detetive, sabe fazer café?

Confesso que senti uma raiva extrema naquele momento, um desses executivos podres que são acostumados a mandar nas pessoas me desrespeitando daquela forma e, ainda por cima, desrespeitando minha profissão, podia dar-lhe voz de prisão imediatamente... Mas parecia que algo me intrigava naquele lugar, aquele apartamento, no meio do nada, com aquelas pessoas estranhas, falando de maneira estranha e sobre coisas estranhas... felizmente (ou não) minha curiosidade sempre foi maior que meu orgulho.

Respondi ao imbecil com um olhar de indifereça e segui para a cozinha.

- Ah! E sem açúcar, acrescentou ele.

Naquela cozinha nojenta e fedida, coloquei a água para ferver na primeira panela suja que encontrei, virei-me, encostei-me na entrada da cozinha e disse:

- Então... conte-me sobre esse Chamado?

- Bom - disse Keane se ajeitando no sofá - você é uma detetive, imagino que ja tenha pego muitos bandidos, estou certo? Pois então, imagine que todos esses caras maus que você colocou atrás das grades não são ninguém, não fizeram nada de mais. Por quê? Porque existem coisas piores do que eles nesse mundo, coisas que são tão ruins e que podem causar um mal tão grande que são proibidas de existir neste mundo, por isso, os usam para cometer essas atrocidades.

Keane fez uma expressão como se tivesse acabado de dizer alguma coisa genial, os outros dois esconderam o riso da minha cara de dúvida e perplexidade. Que diabos Keane estava falando? Será que ele andou assistindo filmes de terror demais?

- Então - continuou Keane meio desconcertado - nós os caçamos e evitamos que coisas ruins acontençam.

- Coisas ruins acontecem o tempo todo, meu trabalho é tentar amenizar algumas delas.

- Não, não! Mas eu estou dizendo, coisas ruins DE VERDADE.

Não sabia mais o que dizer, estava começando a temer que tudo aquilo fosse uma espécie de armadilha. Voltei-me para o fogão e passei o café, Martin entrou rapidamente na cozinha e se serviu sem realizar o menor gesto de agradecimento, quando me virei de volta para a sala havia alguma coisa diferente: o computador estava ligado.

- Grupo Argos, completo. Agora com uma nova integrante, Sofia Lindenroc, durante a missão deverão se referir a ela como Blissid. - disse uma voz aguda e eletrônica vinda do computador.

Logo em seguida, o computador que parecia bem antigo mostrou-se capaz de uma alta definição de vídeo quando começou a preencher o visor com uma série de informções, fotos comuns e de satélites e animações, logo, os dados estavam dispostos da seguinte maneira:


Grupo Argos - Missão 207
Crime: Artigo raro da Era Egípcia roubado do Museu Central.
Descrição do Objeto (com fotos)
Nome: "O Ídolo de Moisés"
Peso: 3,7 kg
Dimensões: aproximadamente 10 cm de diâmetro
Composição: Objeto de ouro oco no formato de um carneiro gordo com o número "4" em hebraico cravado em baixo relevo
História: encontrado em 1946 num sítio arqueológico ao norte do Nilo, acredita-se ser um réplica em miniatura de ídolos egípcios, mas ganhou popularmente o nome de Ídolo de Moisés por ter sido econtrado próximo às ruínas do templo onde Moisés teria sido criado, no Egito.
Suspeito: George Vizentini, 21, judeu, estudante de história e fascinado pela Cabala. Sua família já viajou a diversas cidades do Oriente Médio, comprando todo tipo de artefatos hebraicos e egípcios da época da escravidão hebraica no Egito. Apesar de ser Judeu, já foi visto ocasionalmente frequentando rituais ocultistas.
Recompensa: US$ 80,000 por devolverem a peça intacta ao museu, descobrirem sua utilidade e o porque do interesse de Vizentini pela peça.

Aceitar Missão? Tempo para confirmação: 1:00:00

- Só US$ 80.000? - disse Martin - da outra vez eles ofereceram US$ 100.000 e ainda foi pra dividir por três! - logo em seguida apertou um dos botões do computador.

Ruben e Keane repetiram o mesmo processo, depois se voltaram para mim e ficaram esperando.

- Sofia, sei que você está se mordendo de curiosidade para entender tudo isso, venha conosco, só desta vez. - disse-me Keane

Minha vontade de saber do que se tratava tudo aquilo era gigantesca, minha intuição - ou pelo menos aquilo que eu digo ser minha intuição desde criança e que sempre me conduziu pelo caminho - dizia que isso mudaria para sempre minha vida e que isso me traria oportunidades maravilhosas, não pelo dinheiro, mas algo que eu não sabia dizer o que era, só saberia se eu apertasse aquela tecla.

- Bem Vinda ao grupo Blissid. Missão Aceita. Caso falhem ou não atualizem a missão dentro de 24 horas, ela será oferecida a outro grupo. - e desligou.

- Ela podia pelo menos dizer Boa Sorte na sua primeira missão, não é? - comentou Ruben, tentando parecer sarcástico como seu amigo Martin, mas percebeu que não obteve sucesso.

- Bom, então vamos, sigam-me! - gritou Martin como se fosse uma espécie de líder arrogante.

Martin saiu do apartamento com a xícara de café ainda na mão, não comentei nada, porque não queria receber uma de suas respostas estúpidas, apenas segui os outros pela saída. Quando saímos pelo corredor, Keane, que foi o último, apenas fechou a porta sem trancá-la.

- Vocês não vão trancar? Esse não é um lugar muito bom para se deixar uma porta aberta.

- Ora não tem problema - respondeu o jovem Keane - não há nada de importante que não possa ser roubado lá dentro

- Tem aquela caixa que vocês chamam de computador - comentou o inocente(?) Ruben.

- Ora - falou Martin se virando com a xícara ainda na mão - estariam nos fazendo um favor se nos roubassem aquilo!

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CENÁRIO: Sob as Sombras

Eita! Parece que agora o blog vai voltar do Abism... digo, do cemitér... digo... ah... vocês entederam!(rapaz! A gente caiu pra caramba no rank da rpg.blogs !!!!)


E eu, como um administrador desleixado, estive longe por muito tempo. Perdido nas longínquas terras alienígenas de Varginha. Mas, chega de enrolação, vamos voltar à ativa. E, como o Thiagão começou mandando bem com Sob as Sombras, eu vou aproveitar para detalhar mais esse cenário.


Primeiramente, é bom deixar claro: como eu não criei o cenário todo sozinho, cada um dos jogadores tem uma visão particular dele. O que farei será mostrar a visão que tenho, aproveitando para descrever vários elementos presentes neste cenário tão amplo.
A parte mais complicada do cenário é passar o clima certo, pois, apesar de ter a mesma temática de Word of Darkness (criaturas sobrenaturais de todo tipo se escondendo entre humanos comuns), este NÃO é um jogo de horror pessoal. Suspense? Um pouco. Ação? Com certeza! Gótico? Não.



Beco Escuro: um bom lugar para começar uma caçada!






Neste jogo, os personagens jogam com um tipo especial de caçadores de recompensas. Todos recebem contratos (uma hora tenho que postar o modelo de um...) de uma entidade misteriosa auto-intitulada "Dama da Noite" - ou somente "Noite" para os íntimos. Nestes contratos há uma proposta de serviço, que vai desde o extermínio de uma criatura até a investigação de um desparecimento misterioso...


Como eles se tornam "Cães da Noite"? Os meios são vários, a Noite é conhecida por atrair candidatos de todo tipo, de maneiras muito variadas. Ninguém sabe quais são os critérios adotados por ela, mas sabe-se que a grande maioria dos Cães tem alguma ligação forte com criaturas sobrenaturais, ou são criaturas sobrenaturais mesmo!

Onde estamos?
A cidade onde ocorrerão as missões nos meus jogos será Los Angeles (nome sugestivo, não?). De fato, é uma cidade privilegiada para isso: grande, com uma diversidade cultural impressionante e tem Hollywood! (não que isso faça muuuita diferença, claro...)

Onde estamos mesmo?
Explicando a cosmologia bem rapidamente, existem dois mundos: o Mundo Material (o nosso) e o Mundo Espiritual (onde ficam boa parte das "outras coisas"). Criaturas como Humanos, Feiticeiros, Feéricos e Lobisomens são originários do Mundo Material. Criaturas como Celestiais e Abissais são originários do Mundo Espiritual. E criaturas como Vampiros, Fantasmas e Zumbis ficam no limiar entre os dois Mundos.

O que os Cães da Noite fazem?
Como já foi dito, eles são caçadores de recompensa. A Noite contrata esses mercenários para garantir um "equilíbrio" entre o Mundo Espiritual e o Mundo Material. Esse equilíbrio é medido de várias formas: relação de criaturas Celestiais e Abissais com influência na sociedade, número de Mortos-Vivos (que se alimentam de humanos...), número de criaturas essencialmente mágicas, etc..
Por exemplo: não pode haver um número de criaturas sobrenaturais maior que 0,2% da população, no caso de Los Angeles, com seus quase 3.700.000 habitantes seria algo em torno de 7.500 criaturas. Parece pouco? Isso porque não consideramos os Vermes (criaturas inferiores), que chegam a 37.000! De qualquer forma, os critérios também não são totalmente conhecidos pelos Cães da Noite.

E a recompensa?
A principal moeda usada pela noite é o Dólar mesmo. Porém, ela pode oferecer algumas coisinhas variadas, às vezes. Como Artefatos Mágicos, favores especiais, até mesmo a possibilidade de ressuscitar um colega morto!

Por enquanto chega. O pontapé inicial foi dado. Nos próximos posts: as criaturas das sombras, localizações interessantes, contratos e adaptação para algum sistema!!!




GG - Administrador Escravo (de novo) Vendo "Massas Orgânicas Indescritivelmente Angulosas de Uma Coloração Alheia a Este Mundo" se movendo ànnoite pelas ruas sombrias de Varginha City!

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sob as Sombras - A Primeira Caçada

Capítulo 1 - A Novata

Meu celular usado somente em casos de emergência, recebeu uma mensagem que me indicava um endereço, dizia apenas: "Detetive Sofia Lindenroc, esteja em ... nº XX, apto XX" (Logo mais o leitor entenderá que não me convém especificar o endereço correto). Eram por volta das sete e vinte de uma noite quinta feira, o único horário livre nas semanas em que eu podia me encontrar com Evan, meu namorado.

- Maldito Silva, me mandando seu trabalho de novo - pensei. Mas não havia remetente, parece que de alguma forma a mensagem foi escrita em meu celular sem que ninguém tocasse suas teclas ou tivesse sido enviada por alguém.

De qualquer forma, era uma emergência, liguei para Evan totalmente desconsertada. Ele, naturalmente, recebeu a notícia com frustração, parece que havia preparado algo para mim e estava só me esperando. Depois de um longo suspiro, ele comentou:

- É por isso que nunca conversamos sobre casamento, So - e desligou. Fiquei olhando a cidade cheia pontos luminosos enfileirados pela janela do meu apartamento ainda com o telefone no ouvido. Após alguns momentos parada assim, respirei fundo, peguei meu distintivo e minha arma e saí.

Como não era meu dia de serviço, estava sem carro, por isso tive de pegar um táxi. O taxista hesitou com desconfiança quando disse o endereço, era num bairro de baixa renda da cidade, não havia a presença de muitos maus elementos por lá, mas ficava entre uma favela e uma região comummente frequentada por pessoas estranhas. O calvo e barbudo homem do carro inventou todo tipo de desculpas para não me levar, mas acabou cedendo quando mostrei meu distintivo e disse estar em serviço.

Chegando no local, era uma construção horrível, devia ter uns sessenta anos, sem nunca ter passado por uma reforma. Tinha nove andares e estava caindo aos pedaços, várias das janelas estavam fechadas com tábuas de madeira e outras com o vidro quebrado, um mendigo dormia na porta do prédio enquanto um vira lata cheira cheirava seus trapos. Conferi novamente o endereço para ver se estava certo, levei minha mão ao coldre do revolver para garantir que estava lá, é provável que eu precisasse utilizá-lo.



Entrei e segui direto para as escadas, mas não pude deixar de reparar numa velha da entrada que segurava tremendo um regador molhando algumas plantas já mortas enquanto me olhava com o canto do olho e mantia o rosto sem expressão. Enquanto passava pelos andares, percebi que o ambiente era dos piores: num quanto, um homem tossia freneticamente sem parar, noutro um constante choro de criança era pano de fundo para uma gritaria entre uma mulher e seu marido, isso, junto com outros ruídos como um narrador de futebol na televisão, gemidos de mulheres e pratos batendo pareciam compor uma bizarra e desprezível sinfonia.

Por outro lado, o apartamento que me foi indicado estava em absoluto silêncio, havia na porta a marca de uma grande mão negra que parecia ter exalar um cheiro de queimado, que me pareceu um pouco enxofre, mas não tive certeza. Toquei a campainha. Estava quebrada. Bati porta com uma mão e senti a outra tocando no meu coldre. Alguns segundos se passaram até que a porta abriu bruscamente. A porta foi aberta por um homem moreno com o físico entre forte e gordo e usava largas roupas velhas, tinha as bochechas caídas que davam a ele uma expressão de constante incontentamento. Mostrei a ele meu distintivo e disse:

- Detetive Lindenroc, fui enviada para investigar esse local.

- Investigar o que? - perguntou-me o homem com a voz rouca.

É verdade... o que foi mesmo que eu havia vindo investigar? A notícia me pegou tão de surpresa que acabei me esquecendo do principal. Mas antes que eu pudesse pensar em alguma coisa uma voz masculina ao fundo gritou:

- Quem é, Ruben?

O grande homem se moveu lentamente se posicionou ao lado da porta permitindo que um rapaz de cerca de vinte e poucos anos, sentado no sofá pudesse me ver, ele se levantou sorriu e disse.

- Ah! É a novata, por favor, entre!

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O Mundo de Sob as Sombras

"Sob as Sombras" é um cenário de RPG criado por GG (administrador do Blog), mas por falta de "Tempo" e "Disposição" do dignissímo, ajudamos ele na criação de alguns elementos para o cenário, personagens e crônicas.

O mundo de "Sob as Sombras" é uma variação do famoso "World of Darkness", toda ação e todos os eventos acontecem durante a noite ou no submundo, encontramos nele todos os tipos de criaturas sobrenaturais e/ou habitantes das trevas, tais como: Vampiros, Lobsomens, Mortos Vivos, Demônios, Fadas, Anjos Caídos, Feiticeiros, "Massas Orgânicas Indescritivelmente Angulosas de uma coloração alheia a este mundo"*, entre outros.



As Aventuras ou Crônicas, como preferirem, são, em geral, missões recebidas por um grupo, pejorativamente chamado de Cães da Noite, que agem, na maioria das vezes como caçadores de alguma criatura que esteja provacando ou prestes a provocar a perda de equilibrío entre o Bem e o Mal existentes no mundo. Na prática é parecido com a série Sobrenatural com uma leve pincelada do Animê Gantz.

Bom, essa é a idéia geral para se entender uma história no mundo de Sob as Sombras, espero que gostem da minha crônica.

Um abraço a todos,

Thiagaum

Referências:

*Lovecraft, H. P. - Sonhos na Casa da Bruxa - Série Mitos de Cthulhu

World of Darkness - Mundo das Trevas - http://www.white-wolf.com/worldofdarkness/index.php?line=intro

Supernatural – Sobrenatural - http://www.cwtv.com/shows/supernatural

Gantz - http://pt.wikipedia.org/wiki/Gantz

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

RPG Insano


Bem, como estávamos combinando, faremos um dia um apresentação (espero que num dia 17) de uma adaptação do show de comédia Terça Insana, com o nome de RPG Insano, eu já escrevi uma pequena palhinha do que farei, sintam-se à vontade para comentar e adicionar novas idéias ^^v

Que dize... as pessoa acha que é só joga o dado... Não é... Não É!
Porque aí depois vai joga, tira Erro Crítico e diabo,
Mas quem é que consegue jogar RPG levando à sério do jeito que ta? (virando a cabeça)
Ai, gente eu vo fala pro ceis... tem uma menina que joga com a gente lá em Três Pontas... ai... essa menina... ai eu vo fala...

Agora ela maniou que o jogo ta sendo levado à sério demais!
Eu vou fazer o que?? Vou MATÁ?? NÃÃOOO! Eu vou rir da cara dela
Mesmo porque eu já eduquei, já ensinei, já escrareci, e agora só falta matá!

Gente, o que eu vou falar agora é muito sério... Quantas vez a gente não teve vontade... Desejo... de rir da cara de quem tira um Erro Crítico?... Mas como é que eu vou rir se depois os jogador fica bravinho?? Seja de Três Pontas, seja de qualquer lugar...

É por isso que eu cramo, é por isso que eu digo:

Lá na mesa de RPG, a gente... joga mal,
A gente... leva à sério...
Mas a gente...


“Não deixa a Máscara Cair...
Não deixa o jogo acabar!...”



Um grande abraço

Thiagaum

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terça-feira, 28 de abril de 2009

Folhas que caem.

Entardecer.


No dia seguinte, apesar de toda a agitação que tomava conta de Luminares, eu permanecia estranhamente alheio a tudo aquilo. Tudo em que eu pensava era na noite anterior, em como minha mente parecia vagar pela noite junto de Alandriel, de como tudo parecia calmo, tranquilo. Não havia preocupações, não havia guerra, apenas a noite. Tudo isso trazia-me a memória dias de um tempo que parece distante como as estrelas, apesar de ter se passado apenas alguns anos. Um tempo onde as tardes eram medidas com risos e as noites, com suspiros. Lembrei de um tempo que, temo, não mais retornará. De quando ainda tinha poucos verões e apenas começara meu treinamento junto aos mestres de armas. O tempo onde conheci Alandriel, lembrei-me de todo o tempo que passamos juntos desde então, de todas as terdes que passamos na floresta, todas as noites que passamos a contemplar as estrelas, lembrei-me de nossos beijos sob os olhos da Lua, de nossa vida antes que a tragédia nos separasse... Assim passei meus dias, marcados por lembranças pontuadas de esperança.


Quando Pelor já ia alto no quarto dia após o conselho e meus pensamentos me levavam para longe dali, Ellandan bateu a minha porta. Perguntou-me o que eu ainda fazia ali quando deveríamos nos reunir com Ainun. Parece que novamente perdi a noção do mundo fora de meus pensamentos. Dei a Ellandan qualquer resposta e fui com ele até onde éramos chamados. Pelo caminho notei que todos nos olhavam, a notícia de que partiríamos em breve já havia se espalhado tornando a guerra definitivamente real, não era mais um pesadelo do qual poderíamos acordar.


Em pouco tempo chegamos a Clareira Central, onde se encontra o altar de nosso povoado, um pequeno altar em pedra, de uma beleza simples, marcada por outras eras. Ali, parados ao lado do altar, estavam: Ainun, o sábio, e sua mulher com a filha recém nascida nos braços, Sehanine, a Bela, e outras sacerdotisas. Ele nos disse que os preparativos para nossa empreitada estavam terminados e que partiríamos na próxima aurora. Dito isto fomos encaminhados ao centro do altar e ali recebemos a bênção dos deuses. Que todos eles estejam conosco e nos protejam.

Após a cerimônia todos regressaram para suas casa. Todos menos eu, fiquei para trás para poder fazer eu mesmo minhas oferendas à Melora. Que a deusa tome em suas mãos o meu destino e de àqueles que cruzarem minhas espadas uma morte rápida. Quando terminei todos já haviam partido. Pelor já se deitava e o céu estava pintado de bronze, como as folhas no chão. Foi então que notei um pequeno pássaro de um negrume sublime. Era um corvo, um mensageiro da Dama-Sem-Nome. Aproximei-me dele e lhe ofereci algumas frutas que trazia comigo, uma oferenda para que ele e sua senhora continuassem em paz por sua jornada e guardassem do perigo aqueles que nos são queridos.

Ele aceitou minha oferta e quando me aproximei notei em seus olhos muito mais do que esperava. Seus olhos guardavam sentimentos antigos e - teria sido impressão minha? - uma tristeza tocante. Como um pássaro, mesmo um símbolo dos deuses, poderia ter olhos tão humanos? E então ele foi embora, deixando-me sozinho.


Levantei-me e me virei para tomar o rumo de minha cabana, desconcertado por aquele curioso encontro. Os olhos do pássaro, tão expressivos, me eram de certa forma familiar. Comecei minha caminhada de volta para casa e, quando levantei os olhos para encontrar o caminho, lá estava ela, parada em meio as árvores. Seus cabelos, negros como a noite, estavam soltos sobre seus ombros, confundindo-se com sua túnica.

- Diga-me que não é verdade. - disse-me Alandriel. Só então percebi que ela parecia chorar.

- Temo que não poderia fazer isto minha senhora pois assim estaria mentindo. - Meus olhos fitavam o chão, não ousava encará-la.

- Por que, diga-me por quê? - O tom em sua voz era quase uma súplica.

- Eu parto “pela culpa... - pensei” para proteger Luminares. - respondi. Eu sabia que ela me culpava pelo que havia acontecido cinco anos antes. Eu me culpava. Aquele sentimento me esmagava a cada dia, já não podia ficar ali. Sabia que não poderia deixar acontecer novamente, dessa vez eu faria algo para proteger os que eu amava.

- OLHE-ME NOS OLHOS. - gritou ela. Sua atitude me surpreendeu e ela se aproximou. - Eu nunca o culpei pela morte de meu irmão. - e então ela me beijou.

Seus lábios ainda guardavam a macies da primavera. Seu beijo foi como um sopro de vida em minha alma, e como eu precisava dele.

- Volte para mim. – sussurou em meus ouvidos e assim me deixou, novamente sozinho, no último raio de luz que banhava o entardecer.

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domingo, 26 de abril de 2009

Paranóia

No último feriado por pouco não contece algo histórico no grupo de RPG de Três Pontas, que seria passar um feriadão sem jogo. Desde que nos tornamos universitários e nos separamos marcamos fielmente pelo menos uma sessão para essas ocasiões.

Bem como alguns já sabem eu não sou a melhor pessoa para mestrar uma aventura... Minha falta de paciência e organização faz de mim um mestre um tanto quanto relaxado e despreocupado... porem ja nas ferias passadas de fim de ano me vi animado e um tanto quanto forçado a mestrar pois um de nossos mestres (ele sabe que estou falando dele) ultimamente anda aposentado e mais preguiçoso do que eu.

Também já é comum a alguns que sou estudante de psicologia. E que ultimamente tenho visto o jogo de RPG com outros olhos. Mas isso será tema para outro post...
O fato é, visto que não teriamos jogo e que isso me deixaria maluco resolvi sob reforço de um amigo mestrar uma aventura de Paranóia.

Recentemente baixei aquela aventura solo de Paranóia para mostrar para os adolescentes com os quais trabalho o que seria uma aventura solo, uma vez que estava falando a respeito do universo do RPG. Não havia visto qualquer material de Paranóia até então, pois começei a oito anos atrás com 3D&T, passando por D&D e suas atualizaçõe, muito pouco de storyteller e uma aventura apenas de GURPS, fora os sistemas proprios baseados nos bons Final Fantasy da vida...

Somente o cenário foi utilizado, pois não temos o material e nem procuramos na net pra ver se achavamos... queriamos e jogar logo... por isso escolhemos o sistema mais rápido (mas nem de longe o melhor para esse tipo de aventura como pudemos constar) para começar logo.


Admito que de paranóia como quadro psicopatologico eu tenho familiaridade, porém pouco sabia sobre como seria o cenário em suas pormenores. Resolvi pegar uns monstros de FF8 que me vieram a cabeça, alguns enigmas legais e utilizei muito do perigoso mas instigante off individual para um jogador... criando assim um clima mais do que paranóide entre os jogadores e o ambiente em si...

Por fim me dei por satisfeito com a aventura super improvisada que criei... e pelo que pude sentir tive uma boa aceitação dos jogadores.

Só que como sempre penso em outras rumos para esse jogo... apesar de ainda não ter lido mais nada de Paranóia já sinto ela me limitando a criação. Como estudante de psicologia vejo um mar de possibilidades dentro deste RPG que o ar de zuação imposto pelo sistema (a que me parece) atrapalha um pouco o trama fazendo tudo virar um grande oba oba de mortes atrapalhadas e personagens como operários dos sintetizadores de alimento...

Portanto estou com uma idéia de utilizar sim os elementos essenciais de Paranóia (e ainda manter um leve ar cômico) porém criar uma ambientização própria onde possa explorar novas possibilidades que o RPG medieval (nosso prato principal) não nos dá. E até mesmo voltar as reminiscências de FF para fazer um jogo futurista com muitos elementos de estruturas psicologicas.

Claro que tudo fica no plano das idéias pois como sempre sou o mestre preguiçoso... mas quem sabe realmente de certo essa proposta...


Grande abraço pra todos pois o Computador é seu amigo!

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Homens de Verdade

Ae Galera

Para todos aqueles que ainda duvidam que o D&D é o único Jogo de Verdade para Homens de Verdade, deixo o link abaixo

http://fabneme.blogspot.com/2005/10/homens-de-verdade-no-jogam-gurps.html

Aceita um Quiche?

Um grande abraço a todos (abraço não, aperto de mão, apenas jogadores de Vampiro "Comedores de Quiche" se abraçam, se beijam e se mordem XD)


Thiagaum

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

LINHA DE TEMPO DE YMIRIAN - Parte II

Agora sim! A parte final da extensa história do cenário!
Como poderão perceber, este é um post mais voltado para os autores, que o utilizarão como base para a utilização de datas.

SEGUNDA ERA DAS ÁRVORES E ESTRELAS (4500-5530)
0:
Ocorre a Grande Peregrinação dos elfos para Nereli
Morre o imperador Alleni-Caritmol II, seu filho Jiareth-Caritmol o substitui
100:
O império élfico cresce sob o comando no novo imperador.
221:
*Companhia Escarlate: grupo de heróis elfos que teria derrotado um Rei-Dragão
300:
Império: centro do Continente Norte até Florestas de Ymir. Norte até o Rio Anum
Morre o imperador Jiareth-Caritmol, sua sobrinha Eldear-Caritmol o substitui
500:
A deusa élfica Tenneanna Nerele teria aparecido à Imperatriz
Conselho de Nereli: os líderes definem um panteão élfico único
700:
Os humanos teriam começado uma revolta em Cirília, vários escravos morrem
Morre a imperatriz Eldear-Caritmol, seu filho Jilian-Caritmol a subsitui.
Jilian-Caritmol é assassinado por um escravo, terminando a Dinastia Caritmol
O antigo Conselho Ancião Élfico é reestruturado.
750:
Humanos fugitivos teriam encontrado uma fortaleza de nibelungos ao norte
800:
Auxiliados pelos nibelungos, vários humanos são libertados em batalhas sangrentas
*Lanças da Liberdade: humanos e nibelungos que teriam libertado muitos escravos
850:
Vários humanos fogem para o oeste, fundando pequenas vilas.
Aos poucos, o atual idioma Sankar começa a se formar
1000:
As vilas humanas elegem um líder: Merkane e fundam o reino de Sank
1030:
Em Sank é fundada uma ordem de cavaleiros liderados pela guerreira Gawa

ERA DOS HOMENS (5530-5880)
0:

Gawa se torna rainha de Sank, casando-se com Merkane.
Uma era de ouro começa em Sank
40:
Morre a rainha Gawa, que começa a ser cultuada como uma divindade.
Cavaleiros de Gawa: grupo que definiria para sempre o conceito de Paladinos
50:
O Império élfico perde poder diante das rebeliões humanas e ataques nibelungos
200:
Boa parte da civilização élfica desaparece devido a uma doença, a Praga Vermelha
Gawa se torna uma divindade. Os descendentes de Merkane tornam-se os Mercanta
230:
Os humanos remanescentes, juntamente com nibelungos fundam Hara Sein
300:
Desentendimento entre líderes humanos e nibelungos.
Muitos nibelungos voltam às montanhas e se isolam em suas antigas fortalezas
320:
Inicia-se a Guerra Sank-Hariana.
*Garras de Sank: teriam lutado na guerra, rivais do Protetorado de Hara Sein
*Protetorado de Hara Sein: teriam lutado na guerra, rivais das Garras de Sank
350:
Pacto de Marfim: líderes dos dois reinos humanos assinam um acordo de paz
400:
Aumenta o número de dragões

ERA DO VENTO (5880-7586)
0:
Chegada de exploradores Draumans a Ymirian.
Nasce o dragão Heriátos (0)
200:
Chegada da colônia extraplanar do fogo na região central do Continente Sul
500:
Criado o Reino Olth’ Aris, sob o comando da família real Olth
900:
Imperador-Dragão Heriátos (900) inicia uma rebelião dos dragões contra os deuses
1000:
Dragões são presos pelos deuses no, hoje chamado, Território Draconiano
Heriátos (1000) é preso na forma humana, condenado a vagar pelo mundo
1030:
Criado o Castelo de Arkadiana, onde magos se reuniam no Conselho Arcano.
Heriátos (1030) torna-se um cavaleiro negro, aterrorizando os lugares onde passa.
1100:
Rápida expansão do Reino Olth’ Aris.
1200:
Ápice do Império: todo o Continente Sul, Adaga e Leste do Continente Norte
Magos são perseguidos pelo Império. A maioria foge para Arkadiana
1300:
As tribos da região Leste se juntam, todos seguindo o Culto à Leonna
Reunião entre as tribos e o Imperador: os bárbaros querem um Estado próprio
O Império ataca algumas tribos de Leonna, visando assustá-los.
1400:
As tribos começam a conquistar pequenas cidades do Império
1415:
As tribos bárbaras conquistam todo o lado leste do Continente Sul.
1420:
O lendário Lonrard, chefe das tribos de Leonna, morre durante uma batalha.
A deusa elege a Sacerdotisa Frincix, tornando-a a primeira mulher liderando Leonna
1438:
Guerra do Fogo (Império Olth’ Aris luta contra os bárbaros de Leonna)
1485:
Grande Batalha Arkadiana: onde o império tentou atacar de surpresa os magos
Transporte do Castelo de Arkadiana para as Ilhas do Bronze (atual Nova Arkadiana)
1490:
Batalha dos Vassalos de Ferro: que resultou nas atuais Terras Mortas, ao sul
1500:
Assassinato da família real de Mercanta (antigo reino de Sank) a mando do Império
O último da família Mercanta, príncipe Brethanin, declara guerra ao Império
1508:
Heriátos conhece uma jovem clériga, com quem se casa.
Aos poucos, Heriátos torna-se um herói.
1510:
Aliança entre Sank e as Tribos de Leonna.
1515:
*Aliança dos Dragões: heróis que teriam seguido Heriátos (1515) contra o império
1516:
Heriátos (1516) é nomeado general-dragão pela governadora de Leonna
1517:
Batalha de Heriátos: o general-dragão destrói um dos Canhões Bare
Heriátos (1517) luta contra os dois generais de confiança do imperador do fogo
Heriátos (1517) vence, aprisionando-os em cristais. Porém, ele desparece.
1518:
Batalha do Príncipe: em investida surpresa, tropas de Sank atacam a capital Olth.
1519:
Terminada a construção dos três poderosos Canhões Bare. Mas não são usados.
1520:
Queda do Império de Fogo Olth’ Aris. O Imperador Baros foge.
O antigo Imperador é encontrado na Ilha da Lua (onde hoje está a cidade Mercanta).
Morre a governadora de Leonna. Inicia-se a regência da família Cantrid
1522:
Pacto de Mercanta, onde os reinos da época se reuniram e dividiram o Império
São criados os reinos de Gaeron e Phoenne
O território dos orcs fica estabelecido, sendo chamado de Graz’ Orc
Uma parte das tribos de Leonna se separa, criando-se o reino de Theriasca
Aris (mais tarde, Airis) fica com a responsabilidade de policiar as Terras Mortas
Adaga torna-se independente
1523:
Morre Príncipe Brethanin Mercanta. Sank fica sob a regência da família Leadercraft
Na Ilha da Lua é fundada a Cidade Neutra de Mercanta.
1540:
Sank e Hara Sein juntam-se formando a Confederação de Sank-Hara
1550:
Iniciam-se grandes navegações, os reinos procuram locais para colonizar
1560:
Sank-Hara encontra novas terras a oeste, fundando Porto do Bronze
Leonna encontra um arquipélago a oeste, fundando o Arquipélago das Nuvens
1569:
Nasce Kami Nagahara (0)
1580:
Conde Henry de La Vaulx torna-se conde
Theriasca encontra terras a leste, fundando Drunes
Theriasca encontra terras a oeste, fundando Aurengard
1600:
Nasce Ian Fleiman
Theriasca encontra terras a oeste, fundando Vinigard
1607:
O rei de Gaeron presenteia Duque Arqbert Lymeston I com o Condado de Lymeston
1610:
Phoenne encontra terras a leste, fundando a Vila dos Anulbites
1620:
Ian Fleiman é amaldiçoado e preso magicamente
Gaeron encontra terras a leste, fundando Nova Portgran e Ilha da Torre
1625:
Lymeston torna-se um reino independente de Gaeron. Seu nome torna-se Lyme
1625:
Nasce Slam (0)
Tamna reanimada (?)
1630:
Finnon reanimado (?)
*Saga dos Mortos-Vivos: Tamna (?), Finnon (?)
Airis encontra terras a oeste, fundando Adreck
1640:
Nasce Johan (0)
1650:
Nasce Zimbabwe (0)
Ian é acordado pela família Fleiman
Nasce Hooney Greems (0)
1654:
Nasce Pullos (0)
Nasce Nohuc (0)
1656:
Nasce Paladino Dantie (0)
1660:
Nasce Van (0) e Nohuc (0)
1661:
Nasce Paola (0)
1662:
Nasce Leani Baum (0)
1665:
Nascem Tom (0) e Aran (0)
Nasce Yulla (0)
1663:
Nasce Jill (0)
1670:
Nascem Urza (0), Kraven (0) e Leonard Baum (0)
1675:
Nasce Felix Meiaw (0)
1678:
A deusa Leonna (Héollos) escolhe uma nova govenadora: Leani Baum (16)
1680:
Nascem Dante Aliguiere (0) e Glunk (0)
1685:
O Espantalho é ressuscitado e vaga pelas cavernas próximas à vila de Thinderwols
Nasce Raphaelo (0)
1686:
Nasce Adhan (0) e Galder (0)
*Saga contra O Espantalho: Tom (21), Aran (21), Nohuc (32), Slam (60)
Maldição sobre Paladino Dantie (30) e Paola (25)
1688:
Nascem Naru-X (0), Órion (0) e Drew (0)
1689:
Kami Nagahara (120) escreve A ARTE DA MAGIA
1690:
*Aventuras de Urza (20)
Chegada de Paladino Dantie (50) ao Santuário de Gawa
Arquimago escreve REINOS EXTERIORES
1692:
Aparece o Gato da Noite
Taberna do Aran (27)
1694:
*Saga do Pirata Vermelho
Desparecimento do Gato da Noite
1696:
*Aventuras de Van D`Elthar contra o Rei Bárbaro
*Aventuras de Johan em auxílio a Urza
1698:
*Saga das Safiras: Dante (18), Jill (35) e Kraven (28)
Julius Aliguieri escreve DRAGÕES E SUA TERRA MISTERIOSA
1700:
*Início da Saga de Vanderlock: Dante (20), Jill (37) e Kraven (30)
Arturos Bel’Mercanta escreve BESTIÁRIO
1702:
*Volta do Rei Bárbaro
1703:
Primeiro ataque de Theriasca a Graz’orc
1704:
*Contra General do Fogo: NaruX (16), Hooney Greems (54), Yulla Silverius (39), Raphaelo Figgust(19)
*Mão Vermelha: Dante Aliguieri (24), Galder (18), Jill Castle (41), Adhan (18), Pullos (50), Órion (16)
Morrem Órion (16) e Alan (18)
Nasce Mariane (0)
1705:
Príncipe Edmund Leadercraft II escreve O LIVRO DOS POVOS E NAÇÕES
*Contra Vanderlock: Dante (25), Jill Castle (42) e Kraven (35)
1706:
Ano Atual de Jogo



NOTA SOBRE A LONGEVIDADE DAS RAÇAS:

A vida dos homens vem se alongando nos últimos séculos.
Registros dos elfos sobre escravos homens mostram que eles não passavam de 35 anos. Já no
início Era do Vento, com novas descobertas em medicina e, relativamente,
melhor qualidade de vida, os homens chegavam a 50 anos.
Finalmente, em censo efetuado em Phoene, no ano de 1690, verificou-se que muitos homens chegavam a 60 anos.
Atingem a puberdade aos 13 anos.

Sabe-se que os elfos têm
vivido menos desde o declínio de seu império, no início da Era dos Homens.
Segundo livros encontrados em ruínas élficas, na aurora da Primeira Era das
Árvores e Estrelas, muitos elfos atingiam 550 anos. De fato, registros datados
de 1400 dessa era., contam que Bartholen-Nereli, pai do primeiro imperador elfo,
Hostalian-Nereli, teria vivido por 753 anos.
Atualmente, os elfos vivem
cerca de três vezes mais que os homens, atingindo, quando muito, 200 anos.
Chegam à puberdade com 42 anos.

Meio-elfos têm vivido, aproximadamente,
o dobro dos homens, 120 anos. Atingem a puberdade com 25 anos.

Os nibelungos têm apresentado estabilidade em suas idades durante eras.
Apesar de existirem registros de nibelungos que atingiram 100 anos, a morte vem cedo
para a grande maioria, que prefere a violenta morte em um campo de batalha que a
calma morte em bibliotecas... Atingem a puberdade aos 15 anos.

Haos também apresentam uma vida extensa,
chegando a viver por 300 anos.
Euros e Draumans apresentam idade próxima à
idade humana. Porém, os Draumans atingem a puberdade, em média, aos 9 anos

Gnomos, Halflings e Shaerans têm vivido, aproximadamente, o dobro dos homens, 130 anos. Chegando à puberdade com 20 anos ou, no caso dos Shaerans, com 30 anos.

Já o grande grupo de raças conhecido como Felinos (ou Filhos de Minxy), em média, vive por 90 anos e atinge a maturidade aos 20 anos.

Por outro lado, Kobolds e Orcs têm uma vida curta, chegando rápido à puberdade e vivendo, no máximo, 42 anos

Interessante ressaltar, também, que os denominados conjuradores arcanos têm apresentado um ciclo de vida mais longo que seu padrão racial.
Magos de menos poder chegam a viver 50% a mais que sua raça, já os de médio poder vivem o dobro dessa idade e, por fim, os magos mais poderosos chegam a viver quatro vezes mais que seu ciclo racial.
Observa-se que a magia não altera a chegada à maturidade de uma raça, porém, conserva a aparência adulta por mais tempo.





GG – Administrador Escravo
(Fugindo de livros de história...)

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