segunda-feira, 30 de março de 2009

Crimes e RPG: será?

Não é raro quando escutamos algum leigo se referir ao RPG como "aquele jogo onde os pessoal mata".
Pois bem, no site Raopo.com.br há um texto muito interessante e esclarecedor sobre esse assunto. E que mostra que a nossa imprensa não é tão imparcial quanto a gente pensa...

Segue o link:

http://raopo.com.br/index.php/2009/03/a-verdade-sobre-os-crimes-relacionados-ao-rpg/


GG-Administrador Escravo
(pensando duas vezes antes de acreditar em uma notícia...)

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A volta dos que não foram!!!

Olá!


Acabei de voltar de uma semana conturbada que tomou um grande tempo meu... MAS, agora estamos de volta nas paradas!




E para começar, vou postar a linha de tempo de Ymirian, descrevendo a história do cenário desde os primórdios de suas civilizações!




Bom, é isso.




Até mais




GG-Administrador Escravo
(saindo do túmulo...)

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LINHA DE TEMPO DE YMIRIAN - Parte I

ERA DOS GIGANTES (0-2600)
0:
Dragões andam sobre Ymirian
100:
Aparecem os primeiros titãs, que disputam território com dragões
500:
Titãs e dragões começam a controlar a magia
1000:
Titãs criam os primeiros Discos Planares
Seres feéricos, chamados Alfar,chegam a Ymirian através desses portais
1200:
Uma caravana do plano da terra chega a Ymirian.
Esses seres são magicamente modificados pelos titãs, adaptando-se à atmosfera
Os titãs escravizam essas criaturas e batizam-nos de haos (“pedras” em titânico)
1500:
Os Alfar se adaptam a Ymirian e perdem contato com seu mundo original
Aos poucos, o termo “alfar” é substiuído por “elfo” no idioma élfico
2000:
Os titãs decaem rapidamente durante guerras com dragões.
2200:
Tanto titãs quanto dragões perdem suas civilizações
Os gigantes de hoje seriam titãs que se tornaram bárbaros
A população dracônica reduz drasticamente
2300:
Sem seus mestres, os haos se refugiam nos subterrâneos, se isolando por séculos
2300:
Espalhadas pelo mundo, aparecem as primeiras civilizações
Humanos se desenvolvem ao norte do atual Território Draconiano e atual Leonna
Nibelungos migram para as montanhas, se isolando de outros povos
Orcs aparecem em áreas cavernosas dentro do atual Território Draconiano
2600:
Os elfos e alguns humanos começam a lidar com a magia arcana.

PRIMEIRA ERA DAS ÁRVORES E ESTRELAS (2600-4500)
0:

Fundação das vilas élficas de Nerele, Tenneanna e Principília
300:
Fundação das vilas élficas de Nerana, Alfarai, Alendari e Luminia
800:
Fundação das vilas élficas de Cirília e Ororis
1200:
União das nove vilas élficas, batizada de Tenneanna
Criação do Conselho Ancião Élfico.
1400:
Hostalian-Nereli, sobe ao poder, desmanchando o Conselho Ancião Élfico.
Inicia-se a dinastia Nereli
1450:
Hostalian manda construir a cidade de Nereli, como homenagem a sua esposa
1600:
Durante a construção de Nereli, os elfos libertam O Tarrasque
Elementais do plano da água chegam a Ymirian através de um Disco Planar
1605:
O Tarrasque adormece.
Obras em Nereli recomeçam
1550:
Morre o imperador Hostalian-Nereli, seu jovem filho Bertalian-Nereli o substitui.
1680:
Próximos às montanhas a leste da capital, os elfos descobrem uma tribo.
Esses estranhos seres escravizam outras raças, os elfos os chamam de örorcs
1700:
Morre o imperador Bertalian-Nerele, sem deixar descendentes.
O general Alleni-Caritmol sobe ao poder.
Inicia-se a dinastia Caritmol
Elfos compram dos örorcs (atualmente, orcs), escravos humanos
Escravos humanos começam a trabalhar na construção de Nereli
1800:
Morre o imperador Alleni-Caritmol, seu filho Alleni-Caritmol II o substitui
O uso de escravos humanos por todo o reino élfico se torna comum
Os elementais da água se juntam às sereias e tritões, criando uma raça hibrida.
Os seres meio-elementais são batizados de shaerans (nome de uma antiga deusa sereia)
1900:
Nereli é terminada.

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quinta-feira, 26 de março de 2009

.: A LENDA DAS GEMAS :.

Parte II - A Morte

Kazuo levanta-se, sua atitude serena como um rio que corre lentamente, passa a um mar em fúria pronto para atacar. Mesmo ferido o sábio sobe na pilastra criada por Ginzu e começa a fazer um movimento circular rápido e feroz, o bruxo não entende o que Kazuo está para fazer. Após um instante Kazuo leva uma de suas mãos para baixo e depois a faz subir por dentro do círculo que ele desenhara no ar com suas mãos, e como se puxasse algo ele faz surgir das paredes arrancadas por Ginzu um grande turbilhão de água, que ele trouxe de um lago que fica na parte de fora do prédio, criado para harmonizar os elementos. Kazuo tenta usar o turbilhão para tirar Ginzu da sala, tentando ganhar vantagem usando o lago, porem o bruxo percebe a intenção do sábio e decide pará-lo. Ele usa a pressão do ar e a força da água para tentar tirar a água da sala. Kazuo e Ginzu se esforçam para controlar a água, mas Ginzu leva vantagem por controlar dois elementos e consegue retirar toda a água da sala, mesmo assim, a sala está toda molhada agora, dando um pouco de vantagem a Kazuo.

O sábio abaixa suas mãos e as ergue - fazendo força, mas de forma lenta - imitando o movimento de suas mãos, surge aos poucos uma espessa parede de gelo separando a sala. Kazuo desce da pilastra e volta ao chão.
Ginzu tenta derreter a parede com bolas de fogo, destruí-la com pedras, e mesmo a água e o ar foram incapazes de passar pela barreira. O sábio decide usar o próprio gelo, usando o gelo como lança, e a água como chicote. Ginzu não consegue atacar, pois tem que se defender usando círculos de fogo e barreiras de pedra.

Quando a luta parece ter sido totalmente controlado por Kazuo, Ginzu tem uma ultima idéia.
Ele anda um pouco até sair de cima do tapete, levanta sua mão direita, apontando para o alto e, com um movimento rápido e retilíneo, abaixa sua mão. Seu movimento dispara uma descarga elétrica no tapete que chega até Kazuo e o atinge diretamente.

Kazuo fica quase imóvel no chão. Não tem energia para conseguir reagir, mas com a parede de gelo à sua frente, pensa estar seguro. Até que Ginzu levanta as suas mãos e as leva para frente, em outro movimento retilíneo, quando os escudos nas paredes viram lanças de metal, que atravessam a parede de gelo e o corpo do sábio. Kazuo morre deitado no chão, sem esperanças para o futuro com tal poder nas mãos de Ginzu.

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sexta-feira, 20 de março de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 7: Uma Nova Tripulação



De volta à cidade, fui direto comprar roupas novas e outras coisas que precisava para viagem, não me sentia bem vestindo roupas de uma das vítimas de Namira. Logo em seguida, rumei para o porto para procurar esse tal Capitão. Depois de muito andar e pedir informações localizei o Tubarão Atroz, um leve navio com velas imensas e uma bandeira azul com o brasão de Theriasca tremulando no topo do maior mastro.

Entrei no navio como se fosse da sua tripulação, que por sinal era bem diversificada: felinos, elfos, humanos, halflings, gnomos, havia até mesmo um anubit, além disso cerca de um terço dela era de mulheres, me aproximei de um homem forte que estava ajeitando um barril, bati em seu ombro e disse:

- Preciso falar com seu Capitão, amigo.

- Olhe para trás - me respondeu ele e continuou com seu serviço.

Olhei na direção do leme e vi lá em cima um elfo e uma shaeran (veja imagem) conversando sobre um mapa aberto, subi até lá e fui na direção do elfo. Chegando lá estendi minha mão e disse:

- Saudações, Capitão! Eis aqui seu mais novo tripulante, Van D’Elthar.

O elfo me olhou com cara de assustado, deu um sorriso e olhou de volta para a shaeran, ela, por sua vez, pegou na minha mão e disse:

- Capitã Jey Coralien. Lamento senhor Elthar, mas meu navio já está com tripulação o bastante.

Meio confuso e um pouco envergonhado, respondi-lhe:

- Uma amiga sua me mandou trazer isso até você – e mostrei-lhe a carta da Governadora.

A capitã tomou a carta de minha mão, abriu-a e começou a ler intrigada, olhava algumas vezes para mim com desconfiança e voltava a ler a carta, no final, dobrou novamente a carta, colocou-a de volta no envelope e me disse:

- Bem, senhor Elthar, se vai fazer parte de minha tripulação, deverá trabalhar como todos – dirigiu-se ao Elfo – Lowar dê-lhe um esfregão e balde, quanto a você – virou-se para mim – siga meu navegador e comece já a limpar o convés, partimos hoje à tarde!

- Trabalhar? Achei que essa carta me desse algum tipo de privilégio como direito a um quarto particular e tudo mais, poxa... acho que a Governadora esqueceu de mencionar isso na carta... – respondi em tom irônico.

- É melhor não me provocar, senhor Elthar, não gosto de gracinhas de pessoas do seu tipo. E se debochar de minha madrinha mais alguma vez dentro de meu navio, jogo-lhe para os tubarões! Agora o leve!

Acompanhei o elfo até o porão do navio, lugar que por sinal não parecia como o da maioria dos outros barcos, estava organizado e havia pouco rum, “que tripulação mais certinha” – pensei. Peguei um esfregão e um balde e subi ao convés. Tirei meu casaco novo e meu chapéu, coloquei-os de lado e comecei a esfregar. Havia sobre mim um grupo de felinos e halflings ajeitando as velas com muita agilidade.

Confesso que nunca fui muito de trabalhar, acho que por isso escolhi essa vida... Depois de esfregar o chão algumas vezes, parei, apoiei meu cotovelo sobre esfregão e fiquei alguns momentos a olhar para o horizonte que nos esperava. Pensamentos distantes estavam vindo à minha cabeça quando fui bruscamente interrompido por uma pancada nas costas que me derrubou no chão. Levantei-me rápido o olhei o que me acertara. Havia uma halfling caída no chão um pouco atrás de mim, fiquei em posição de duelo, apontei-lhe o cabo do esfregão e grite:

- Ora sua...! Como ousa me acertar dessa forma pelas costas?!

A pequenina se levantou assustada e respondeu gaguejando:

- Me desculpe, senhor! Eu não tive a intenção! Foi apenas um acidente! Eu estava ajeitando uma corda lá em cima, quando ela se soltou e então... e então...

Eu estava achando graça naquela mulher do tamanho de uma criança tentado se explicar, não lembrava nem um pouco seu parente de raça, que conheci em minha outra tripulação, Banin, que era corajoso e esperto.

Partimos. À noite, a halfling escolheu a rede que ficava em cima da minha para dormir, naquele emaranhado de redes e sacos de dormir não havia divisão entre ala masculina e feminina. Assim que me deitei perguntei:

- Então, Kath, quer dizer que você não sabe lutar?

- É... acabei entrando para a tripulação da Capitã Jey com pouca experiência, por isso sempre faço coisas mais simples como dar nós em cordas e içar velas.

- Ora, isso não são coisas simples, você é muito talentosa, eu não coneguiria fazer o que você faz sem me machucar várias vezes. Mas e quando o navio está em combate?

- Ajudo como posso, mas no final acabo sempre correndo e me escondendo entre as caixas.

- Haha! Tudo bem, Kath, amanhã te ensinarei a lutar.

- Jura? Você faria isso?

- Claro! Já estamos combinados!

No dia seguinte, fui ao porão novamente, como havia me ordenado o primeiro imediato da Capitã, mas ao invés de pegar um esfregão e um balde, peguei dois esfregões. De volta ao convés, joguei para Kath um dos esfregões, a halfling, com reflexos de uma tartaruga deixou que o cabo escorregar por sua mão e acertasse sua cabeça.

- Aí está sua primeira lição! – disse eu depois de uma breve risada – precisa ter firmeza e confiar em si mesma! Agora fique em posição de duelo!

Ela ficou com as pernas separadas, agarrou o cabo do esfregão com as duas mãos e o apontou na minha direção. Dei um suspiro e ajudei-a a ficar na posição correta, a halfling ficou congelada na posição que eu ensinei, tremendo como se estivesse sobre uma corda bamba, se bem que a corda bamba seria mais fácil para ela do que a posição de duelo.

- Ótimo! Dá pra começar assim... – e me posicionei-me na frente dela, a essa altura, já estávamos cercados de curiosos e descrentes que riam e cochichavam entre si – agora, vou atacar você, apare meu ataque com a sua espada, preste atenção no movimento da minha mão!

Ataquei com uma estocada simples bem devagar, Kath, num acesso de desespero bateu com toda a força que tinha no meu esfregão, fazendo um enorme barulho de madeira contra madeira, e desviou meu braço para a direita fazendo-me acertar em cheio o rosto da Capitã do navio que saía da multidão. Toda a tripulação se espantou como se não pudessem acreditar que sua Capitã havia se machucado. Kath então quase desmaiou quando percebeu. A shaeran, com a bochecha vermelha pela pancada, respirou com raiva e começou a falar como uma professora frente a alunos bagunceiros:

- Eu estava curiosa para saber o que estava acontecendo aqui, e acabei descobrindo que um certo intruso está tumultuando meu navio.

- Mil, perdões, minha Capitã, a culpa foi inteiramente minha, eu só estava ensinando a pequena Kath algumas proezas, sabe como é, a senhora Capitã não pode navegar por aí com uma tripulação que não sabe lutar. Se quiser pode participar da aula também.

A Capitã olhou para mim com olhos que desejavam me matar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouvimos um grito do mastro:

- Navio à vista!

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Folhas que caem.

O Grande Conselho.

Hoje o conselho de guerra vai se reunir, todos os patrulheiros foram chamados. Relatos de alguns dos nossos que formam a guarda avançada de Luminares dão conta que os góblins já se reunem. Quatro das seis tribos maiores já montaram acampamento, os nossos batedores relatam que dentro de quinze dias eles estarão prontos para marchar sobre nós. Nossa situação é crítica, um ataque em massa para o qual não estejamos preparados significaria nossa completa destruição.


Por decisão do conselho as patrulhas serão dobradas, mais postos de observação serão estabelecidos. Todos os elfos capazes de tomar parte na guerra serão convocados e aqueles que não estejam em condições serão incumbidos de montar postos de provisão e ajudar nos processos de fortificação. As altas sacerdotisas darão início aos ritos de preparação a partir de amanhã. Um pequeno destacamento de patrulheiros será incumbido de construir armadilhas por toda Floresta. Se estes malditos góblins pretendem entrar em nosso amado lar, pagarão caro pela ousadia.


Ao final do conselho eu e mais quatro companheiros fomos a presença de Ainun, todos com a intenção de partir pela manhã no destacamento destinado a dificultar o avanço de nossos inimigos. Além de mim estavam ali: Valandil, lâmina do vento - meu antigo tutor e o melhor espadachim que conheci; Ellandan, flecha do trovão, e seu irmão mais novo chamado Elrohir - o primeiro, um exímio arqueiro, o segundo acabara de completar seu treinamento. E Finalmente Idril mestre das feras.

Após convencermos Ainun a nos deixar partir, fomos em direção as nossas casas. A noite estava silenciosa como a eternidade. Uma noite de Inverno com uma beleza pálida, fascinante, um silêncio que pairava sobra nós como se a própria vida segurasse a respiração para não perturbar-lhe a tranquilidade. Caminhei para minha cabana no altos das árvores e ali parei contemplando o céu e seus diamantes. Permanci assim, vislumbrando o infinito por um tempo que não sei dizer ao certo. O espírito da noite vinha até minha alma e a tomava em seus braços, meus pensamentos se tornaram vagos até que já não pudesse mais dizer se eram meus ou da calma escuridão, talvez tenha sido ela que guiou meu olhar para o ponto do qual eu sempre o desviava. Então mesmo dentro da escuridão eu pude vê-la, parada em sua janela, contemplando a mesma noite que me acalmava. E no mesmo instante soube que ela também me via. Alandriel, o Véu da Noite.

Ali, de frente um para o outro dentro da escuridão, permanecemos por um breve instante, ou teria sido por longas horas... Meus sentidos se confundiam, minha alma mergulhava em serenidade. Ali naquela noite, apesar de nossos corpos separados, nossos espíritos voaram unidos na imensidão, como duas folhas ao vento.


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Segredos de Narati - Contos de Aquilon Pristine

Cap. XIII - O Dragão e a Bruxa


Eles já haviam andado por quatro dias pelo vasto vale rumo às florestas. A escassez de luz do sol fazia com que a caminhada fosse mais branda, contudo a pouca oscilação da paisagem causava um desgaste emocional que somado com o excesso de vigilância por se tratar de um campo muito aberto geravam um desconforto atordoante.

Foi num momento em que todos estavam mais exaustos e em total silêncio. Morgan parou bruscamente e soltou um leve gemido.

Foi tudo muito de repente, uma flecha vinda em alta velocidade acabara de entrar por uma fresta de sua armadura atingindo-o no braço.

Aelle e Pristine prontamente olharam para todos os lados e logo viram vindo em investida em uma aranha gigante de montaria um drow.

É de conhecimento de todos os naturais de FeyWild que os drows são uma raça totalmente imprudente em relação aos elfos e principalmente aos eladrins. Nos limites de FeyDark provavelmente haveria um batedor drow ou formirian. Mas os aventureros com certeza não esperavam um deles já tão próximos dos limites das florestas, muito menos montado em uma aranha gigante.

_ Pristine, há mais alguém com ele, e não parece ser aliado! Talvez um elfo prisioneiro! – Aelle saca o arco e já mandando uma saraivada de flechas em direção ao drow faz um leve sinal para Pristine que se atente ao acompanhante que ficara parado desde o inicio da investida do batedor .

_ Pode deixar comigo que vejo quem ou o que é! – Pristine se lança a frente batendo em investida contra o drow enquanto Morgan arrancando a flecha do braço saca seu arco e retribui o ataque com a mesma flecha.

O drow vinha rapidamente por um leve morro acima de uma baixada de mata alta a mais ou menos 30 metros de distância.
Pristine, como de costume, desapareceu aos olhares do drow e do monstro teleportando-se para logo atrás da criatura aprisionada. O drow ignorou completamente a mágica do eladrin e continuou a investida ao grupo.

No chão se debatia um humanóide de mais de dois metros. Pele escamosa em tons azul celeste. O dragonborn vestia roupas leves e tinha as mãos acorrentadas e estava amordaçado. Pristine logo tirou a mordaça e pequenos estalos de corrente elétrica saíram da boca do descendente de dragão azul.

_ Obrigado jovem eladrin!

O drow já empunhando uma espada e auxiliado pela aranha começa um embate com Morgan e Aelle.

_ Veja o que temos aqui! Um elfo! Maldita raça! – e se lançando contra Aelle o Drow ataca com força pulando do dorso da aranha que já se virava para atacar Morgan.

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domingo, 15 de março de 2009

Folhas que caem.


A Cerimônia dos Ventos.


A Cerimônia dos Ventos, festa que celebra o início do Inverno, toma lugar sempre durante a primeira noite após a última folha do outono cair. Este ano o Inverno chegou um pouco mais gelado do que esperávamos. A festa tem início à meia-noite, hora em que Sehanine se encontra mais alta no céu, quando a alta sacerdotisa de Luminares, também chamada Sehanine pois é tão bela quanto a deusa Lua, proclama os ritos sagrados. Foi esta hora que a deusa escolheu para iniciar um novo ciclo, a Lua se recolheu em sua casa na noite de onde sairia apenas dali a uma semana.


A festa então teve início, iniciava-se um novo ciclo natural, um novo ciclo lunar. Para os Anciãos nosso povo também iniciou um novo período de nossa história neste momento. Se assim fosse, pelo menos ele seria iniciado ao som de belas músicas. A festa se estendeu por toda a madrugada, entregamo-nos a ela. Todo elfo dançava ao ritmo da música e se entregava ao vinho. Foi ali, em meio a multidão, que a vi novamente. Estava linda como sempre, na verdade mais do que nunca. Dançava com a alegria dos que nada sabem sobre o amanhã, parecia iluminar toda noite. Talvez Sehanine tenha escolhido seus cabelos, negros como aquela bela noite, para sua morada naquele instante.


Mesmo assim, todos permanecíamos vigilantes, era como se houvesse logo ali, na penumbra da Floresta, um grande lobo a espreita. Mas nada pertubaria aquela noite, não em quanto ela estivesse ali.


Ao final da festa, quando Pelor vinha trazendo a Aurora, Aluin, mulher de Ainun o presidente do Conselho Élfico, deu à luz a uma menina. Uma linda garota de cabelos dourados como fios de ouro. Era o sinal que todos esperávamos, um sinal de esperança de um futuro áureo para nosso vilarejo. Foi batizada de Ellentir, a Estrela do Inverno.

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RPG BoysBand

RPG também é música!!!




Bem... quando eu começei a jogar RPG não ouvia música durante o jogo.

Não colocava uma melodia de fundo enquanto narrava uma história, muito menos meus mestres colocavam. Mas de um dia, quando mudei de cidade, conheci um grupo que fazia isso... e gostei...

A partir daí começei a sempre mestrar com música de fundo, muito bem escolhida para a ocasião...

Deixando isso de lado um pouco quero falar também do fato de quase todos na adolescência pensarem pelo menos em algum momento, nem que seja uma vez sequer, em montar uma banda... principalmente de rock...

Não, nós não fizemos isso... Mas para suprir nossa vontade "de", resolvemos fazer a capa e escrever os nomes dos singles que comporiam nosso álbum se ele existisse...


Como somos jogadores de RPG somos, de certa forma bem criativos... e prestaremos homenagem não só ao jogo de modo geral... como a fatores particulares da nossa mesa de jogo de RPG em Três Pontas (que inclusive está de luto com a morte de nosso prefeito)



Nome da Banda: D43T
Nome do Albúm: Dados, Máscaras e Blá, Blá, Blá...
Ano: 2009
Gravadora: Mage of Records

Músicas:
1 - Quando Caem as Máscaras
2 - Mestre de Merda
3 - Os Críticos da Vida
4 - Anão Você não Vai
5 - Rangererê
6 - Bola de Fogo
7 - Adeus AD&D
8 - Fantasias Finais
9 - Amor de Mesa
10 - D4 é Mais Gostoso
11 - Pelas Sete Safiras da Vida
12 - Ninfas
13 - Dante Levante
14 - À Camponesa
15 - Dados, Máscaras e Blá, Blá, Blá
16 - Maga Magnífica
17 - 17!

Apesar de Dados, Máscaras e Blá, Blá, Blá ser o single pricipal do álbum, é Quando caem as Máscaras que faz mais sucesso ficando por 17 dias nas paradas de sucesso...

A justiça queria indiciar a banda, e banir do albúm o single Mestre de Merda por conter, segundo boletim oficial, palavras de baixo calão e de duplo sentido que possam corromper nossas crianças. A banda entrou em acordo e retirou a faixa do albúm ficando apenas para apresentações em shows restritos...

Letra: À Camponesa

Minha maga se você for embora
Sabe lá o que será de mim
Duelando pelo mundo a fora
Nas tabernas que não tem mais vinho
Hora nadando fora rola e esfola
Um guerreiro de 1º nível pobre de mim
Se eu te peço para conjurar ou não
Feiticeira eu lhe juro
Que não quero deixá-la com o dragão
E nem sozinha com escudo
Mas os fracassos e deslizes
Não estão banidos
Nem no cremado e nem no com furo
Meu amor não vai haver fraqueza
Nada além de um curar ferimentos a mais
Mas depois as luzes todas acesas
Truques sempre são tão banais
E se você fosse uma camponesa eu ralaria muito mas muito
mais

Bem por hoje terminamos por aqui com essa nova tendência de sucesso... a Banda que fala de jogos de RPG... Pq de amor e desgraça o mundo da música ja tá cheio...

\o/

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sábado, 14 de março de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 6: A Mansão


Chegamos à mansão da Governadora. Ela encontrava-se no topo de uma colina verde, em volta, havia lá um casarão, com um belo jardim à frente, era cercado por várias plantações de cana-de-açucar, no meio das plantações podia se ver uma grande construção de madeira, um engenho. Os guardas da Mansão abriram os portões sem estranhar o novo cocheiro, já deviam estar acostumados com estranhos naquele lugar.

Parei o carro em frente ao casarão, desci, abri a porta da charrete e dei a mão para ajudá-la a descer. Minha espinha até gelou com a frieza de sua mão, carregada de jóias por sinal, era provavelmente uma daquelas que Long Piete estava procurando, mas eram tantas! Como eu ia descobrir?

Quando entramos na casa, a Governadora se virou para mim e disse:

- Meu criado vai lhe acompanhar para que possa se preparar para o jantar, nos encontramos daqui uma hora – e subiu para seu quarto.

“Espero que o jantar não seja minha cabeça” – pensei.

Um homem muito bem vestido e educado pediu para que eu o seguisse, levou-me para um quarto de visitas, ou abatedouro, como pensei logo que cheguei, ele me disse que traria roupas e pediu para que eu me sentisse a vontade. Sentir-se a vontade naquele lugar foi uma coisa que não senti durante todo o tempo que estive lá, tudo me parecia suspeito: as cortinas, o armário, a cama.

Tomei banho com minha espada na mão se caso alguma coisa acontecesse, quando terminei o criado chegou com as roupas, muito finas, diga-se de passagem, vesti-as, mas não pude deixar de ter pena do último homem que a vestiu, provavelmente uma das vítimas de Namira.
Saímos e fui seguindo o criado pelos corredores largos e sombrios, o único ruído que se ouvia era o dos nossos passos, passamos pela sala de jantar, que estava com a mesa vazia, o criado, percebendo minha desconfiança, disse-me:

- A Governadora deseja jantar com o senhor em seu próprio quarto.

“Huh? Então ela quer ter um filho meu antes de me matar?” – pensei, a paranóia era algo que atormentava de maneira devastadora, mas me mantive firme, “Afinal todo esse sentimento pode ser parte de algum encantamento que Namira espalhou em sua casa”.

Entrei em um quarto com uma grande porta dupla, o criado me anunciou e fechou porta. Havia no quarto, uma cama com uns dez metros quadrados, um véu negro a cobria. Havia também um grande armário e uma penteadeira com um espelho que mostrava uma imagem minha bem destorcida, por sinal a iluminação do lugar era bem precária, basicamente um pouco das estrelas que entrava pela janela e uma única vela queimando em uma mesa de jantar no centro do quarto.

- Sente-se, querido, nosso jantar já deve estar esfriando – disse Namira saindo das sombras.

Ela estava estonteante, seu cabelo preso deixava à mostra seu lindo pescoço e o formato perfeito de seu rosto, trajava um belo vestido negro com bordados dourados. Por um momento pensei que toda essa minha paranóia era apenas um preconceito bobo baseado em boatos, e que talvez Namira fosse uma boa pessoa."Não! É assim que os homens desavisados caem em seus truques!"

Sentamos à mesa e ela começou a comer, hesitei um pouco pensando estar envenenada, mas minha fome era grande, respirei fundo e dei uma garfada, "muito saborosa", pensei, "só espero que não me mate".

De repente, Namira soltou seus talheres olhou nos meus olhos e disse:

- Ah! Preciso te devolver isso, Van!

- Deve estar enganada, senhora, meu nome é Trevor, se não se lembra – disse engasgando e precisei tomar um gole de vinho para passar.

Ela levou a mão à sua cintura e jogou uma bolsa na minha direção, agarrei-a assustado, quando a bolsa bateu em minha mão um barulho de moedas soou.

- Não preciso do seu dinheiro, querido, já tenho bastante se é que entende.

E dizendo isso sua imagem começou a se embaçar como que por efeitos mágicos até sua aparência e inclusive suas roupas mudarem para a forma do viajante que me deu as informações na Taberna da Estátua Dourada, ele sorriu para mim e voltou à imagem de Namira, ela colocou os cotovelos na mesa e apoiando seu queixo nas mãos sorriu e piscou para mim.

Levantei-me assustado, derrubando a cadeira, saquei rapidamente meu revolver e apontei para seu rosto.

- Sua bruxa! Nunca me dei bem com as mulheres do seu tipo mesmo!

A feiticeira, sem expressar a menor surpresa, se ajeitou e voltou a comer, depois de uma garfada e um gole de vinho me disse:

- Mas, não se preocupe amor, eu prefiro essa forma que você está vendo agora.

- Porque me disse aquelas coisas sobre você? – interroguei-a, confuso.

- Ora... é o que dizem por aí sobre mim, um pirata novato como você também deveria se inteirar sobre os boatos – respondeu ela com tranquilidade – mas sente-se e voltemos a comer.

- Governadora, eu exijo que pare de falar assim comigo! – e segurei com mais firmeza o revolver.

- Van, meu amor, está me deixando assustada assim... – e me olhou com olhos meigos.

Tive certeza que ela estava naquele momento me lançando um encantamento, minha mão quase soltou o revólver, mas pensei “Não acredite nela, seu idiota! Ela é uma feiticeira que mata homens como você!”. Foi então que olhei para o prato onde estava comendo e vi que lá havia uma aranha, como a que caminhava sobre a face da Estátua Dourada. Estendi minha mão sobre a mesa para que a aranha subisse na palma dela.

- O que vai fazer com esse bicho, querido? – perguntou ela aparentando surpresa.

- Isso! – joguei a aranha no chão e a esmaguei com minha bota.

Namira arregalou seus olhos e levantou-se bruscamente, bateu com as costas das mãos na mesa, fazendo-a voar para a esquerda com uma força que ninguém imaginaria que ela teria, ela grunhiu na minha direção, e com mágica, suas pernas se transformaram num abdômen de aranha com um conjunto de oito patas, sua altura chegou a mais de dois metros e meio. Minha reação foi puxar o gatilho do revolver, seguido de um disparo ensurdecedor.

Quando a fumaça se dissipou, Namira, com seu corpo humano, estava sentada de volta em sua cadeira, estava com o rosto virado para o lado, como se estivesse envergonhada, havia um pequeno arranhão em seu rosto. Naquele momento quase larguei minha arma, nunca pensei que poderia atacar uma mulher, mas naquele caso era diferente.

- O que quer comigo, estrangeiro? – perguntou ela.

- Fui mandado para roubá-la, mas não penso em fazê-lo – minha mão com o revolver estava tremendo.

- Long Piete o mandou aqui então? Ele é o único homem que ainda acha que pode me roubar – e deu um breve suspiro.

- Sim, mas não vim até você para isso. A madame, é única pessoa que pode me ajudar – abaixei um pouco a arma – não quero rouba-la, mas também não quero ser pego por Piete.

- E porque depois do que aconteceu eu deixaria você sair vivo daqui e ainda o ajudaria? – antes que eu pudesse responder tão complicada pergunta, ela mesma respondeu – Porque eu gostei de você.

Depois de tomar um tiro no rosto? Que estranho, isso estava me parecendo fácil demais. Ela se levantou e foi até sua penteadeira, lá pegou uma pena e um papel, enquanto escrevia ela disse:

- Quero ver você longe daqui, por isso o colocarei no navio mais rápido de um dos meus melhores capitães, Long Piete nunca o pegará. Qual é mesmo o seu sobrenome?

- Elthar, Van D’Elthar.

Quando terminou de escrever, queimou um de seus anéis com cera quente e selou o envelope com seu brasão. Quando me entregou a carta, toquei mais uma vez em sua mão gélida, ela então me disse:

- Vá ao porto e procure pelo capitão do navio “Tubarão Atroz” – se aproximou do meu ouvido e me disse em voz baixa – sabe Van, eu até me casaria de verdade com você...

- Lamento minha senhora, mas eu nasci para ser homem livre.

E dizendo isso, me virei e saí daquela mansão o mais rápido que pude.

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Ymirian: Introdução a um novo mundo

“(...)Estas obras são o brilho remanescente de um mundo magnífico, que um dia existiu em um outro Plano de Existência. Antes que o Ocaso dos Deuses, Ragnarok, acontecesse (...)”

“Cópias dos livros originais serão mandadas para as mais variadas dimensões (...) e têm por objetivo honrar todos os grandes heróis que viveram na Grande Era Dourada de Ymirian.”
“Por fim, (...) que também sirva como um alerta: os seres que se consideram superiores em seus mundos têm o dever – e também a honra – de proteger e cuidar dele (...)”
- O Arquimago

Ymirian é um cenário baseado, em grande parte, na Terra do século XVIII (pra ajudar... o filme “Piratas do Caribe” é um exemplo ou então... hum... aquela novela “Xica da Silva”!!!).
Porém, existem três diferenças marcantes que alteram muito as coisas: magia, tecnologia e cosmologia.

Magia: Ymirian é um jogo com elementos de fantasia. Aqui existem pessoas que estudam uma energia sobrenatural chamada magia, porém é uma ciência complexa demais, entendida por poucos. Em Ymirian existe mais magia “livre” ela cria seres estranhos, paisagens incomuns e altera certas coisas que consideramos lógicas.

Tecnologia: Ymirian é um cenário com elementos steampunk. Ao contrário da magia, a tecnologia é algo muito mais acessível às pessoas. Aqui, a tecnologia das máquinas à vapor são mais desenvolvidas, graças a um material chamado Rubi Ígneo que, ao entrar em contato com a água, aumenta sua temperatura rapidamente, produzindo vapor sem precisar de fogo! Com isso, a tecnologia do vapor deu um salto, temos locomotivas, navios a vapor, dirigíveis, indústria desenvolvida e, até mesmo, construtos (chamados aqui de Vassalos de Ferro)!
Você também vai encontrar armas de fogo, química, astronomia, engenharia, água encanada... enfim, é uma era de progresso!

Cosmologia: Ymirian é um mundo com elementos incomuns. De fato, as divindades aqui estão presentes com muito mais frequência na vida das pessoas, manipulando pessoalmente reis e poderosos, contratando - sem a menor cerimônia - os serviços de heróis, etc.
Aqui, em eras passadas, povos de grande poder criaram portais que levavam para outros planos de existência. Porém, se por um lado esses portais possibilitaram viagens de Ymirian para outros planos, o contrário também é real.
Então, ao longo dos séculos, seres extraplanares têm vindo para este mundo e convivendo com outras raças, o que culminou no aparecimento de mestiços meio-elementais.

Bom... por hoje é suficiente. A partir de agora é pra valer: Ymirian VAI para o papel (ou mais ou menos isso...).
Críticas, sugestões e elogios (porque ninguém é de ferro...) serão bem-vindos durante essa longa caminhada...
Valeu galera! Até mais!


GG – Administrador Escravo
(Recém-promovido a Escritor de Cenários Escravo)

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Eu sei o que vocês fizeram na sexta-feira 13 passada

PARTE II

Hoje é sexta-feira 13! (de novo esse papinho?)

Pegando carona no post de ontem, agora vamos analisar como enriquecer seu jogo com essas crendices malucas (não se esqueça de seu pé-de-coelho!):

Primeiramente, se o cenário é de fantasia, partimos do pressuposto de que há magia em seu cenário - muita ou pouca, mas há.
Sendo assim, é bem possível que certas crenças REALMENTE funcionassem, afinal, se um mago fala coisas sem sentido, faz poses engraçadas e solta uma bola de fogo, porque algo parecido (em menor escala, claro) não pode acontecer com o carinha que pula numa perna só e diz “São Longuinho, São Longuinho, se eu achar a minha espada vorpal, eu dou três pulinhos!!!”

Uma opção interessante é que um personagem não conjurador poderia lançar uma magia de nível 0, através de um rito estranho, dois exemplos:

Virtude: uma esposa que dá ao seu marido um colar de dentes de lobo passado há várias gerações em sua família. Concedendo 1 PV extra ao marido, uma vez ao dia, como na magia.

Luz: Um vidro com alguns vaga-lumes dentro, caçados durante uma noite de lua cheia, próximo ao Lago das Damas. Fazendo o efeito da magia Luz, durante um período relativamente curto.

Existem também os costumes puramente interpretativos, ótimos para dar uma cor ao cenário:
Em Ymirian, por exemplo, dizer o nome do Deus da Morte, Arawun, é considerado mau agouro (veja na história do Van que o capitão evita dizer o nome do deus). Pois seria equivalente a convocá-lo, por isso, costuma-se bater (levemente, claro) na boca quando o nome Arawun é pronunciado.
Outro costume, também com relação a divindades, é o hábito de cuspir no chão ao dizer o nome do culto maligno, a Legião Conspurcada.
Além de costumes relacionados às fadas, como deixar pequenas oferendas no primeiro dia do Outono, para que as dríades tragam uma boa colheita.
Historicamente, também, os gregos tinham o costume de colocar uma moeda na boca de seus mortos, que serviria para pagar o barqueiro do outro mundo, Caronte, e levá-los ao descanso eterno.

Caronte: por uma moeda ele te leva ao descanso etero - que pechíncha!

As possibilidades são imensas. Lembre-se que, como o RPG é um jogo de interpretação, detalhes deste tipo são ótimos para enriquecê-la.
Claro que, se os jogadores começarem, toda hora, a caçar vaga-lumes no Lago das Damas, em noites de lua cheia, querendo lanternas de graça, quem sabe algum evento extraordinário não faça o efeito terminar... ou, até mesmo, uma Dama do Lago poderosa e bem nervosa não apareça...

GG - Administrador Escravo
(correndo em direção ao Lago das Damas, em uma noite de lua cheia e...)

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Jill Castlle

Eu simplesmente a amo!
Com certeza nenhuma personagem minha fará tanto parte de mim como Jill Castlle!!!




Quando nasceu Jill nem mesmo tinha este nome. E ja troquei seu nome diversas vezes antes de adotar o nome de uma protagonista de um livro de Sidney Sheldon cuja qual creio ter uma personalidade bem parecida.

Sempre lembro de Jill nas minhas aulas que abordam o pensamento de Heidegger.

Nunca a deixei como uma personagem fechada. Com personalidade construida e estruturas definidas.

Jill se desenvolveu. É um ser-no-mundo. Um ser de possibiliades. E assim - e de certa forma sendo totalmente uma forma minha de projeção no mundo por se tratar de um ser interpretado e vivenciado por outro Ser no caso eu - nunca estará fechada a estas a menos que morra (sem direito a magia de ressureção).

Encantadora, Dominadora, Dissimulada, Apaixonada, Fiel, Esperta, Lider, Larápia, Inocente, Sedutora, Decidida...

Essas são algumas das estruturas principais das vivências da garota. Ela cresceu com anos de vida - tanto em tempo de jogo quanto em tempo real - e com as experiências acumuladas.



Jill sempre foi destaque, por onde andasse. Com qualquer grupo que acompanhasse. Encantora nata todos cairam em sua teia de sedução e dominação. Seja sutilmente ou expressivamente. Conquistou seu amigo Dante por sua primordial inocência e desproteção. Domou Kraven seu companheiro anão pela esperteza e negociação. Liderou o grupo que destruiria um vasto exercito goblinóide na lábia, influência social e cuidado pre-ocupado - o cuidar também é uma forma de dominação por conformismo do cuidado pelas ações do cuidador - e por fim encantou as lembraças de todos os NPCs por seus feitos grandiosos e beleza estonteante.

Não é puxa-saquismo de personagem meu... mas o fato é que até hoje sempre que jogo com Jill os demais jogadores ficam com o pé atrás. E sempre que jogo com um mago - o que é comum pois é minha classe favorita - meus colegas sempre generalizam e pensam estar interagindo com a Jill.

É uma personagem de fato enigmática, cheia de mistérios e de complexos sentimentos.
Ou seriam estes meus?

Os jogadores que cairem em uma mesa comigo que se preparem caso eu vá jogar com a Jill Castlle a Magnífica, pois ela mais do que uma personagem de RPG é uma parte de minha rebeldia contida e sentimentos ocultos.

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Eu sei o que vocês fizeram na sexta-feira 13 passada

PARTE I

Amanhã será sexta-feira 13! (não brinca, é mesmo?)

Este dia fatídico é conhecido por muitos como um dia de má sorte.
Por sorte ou não, foi também motivo de inspiração para um novo post!
Vejamos, primeiro, de onde saiu essa crença doida (convocando tio Google):
Uma das origens seria pela religião católica: seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos.
Outra provem da mitologia nórdica: a deusa do amor e da beleza era Friga (aliás, foi quem deu origem à palavra friday = friadagr = sexta-feira). Reza a lenda que, quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga transformou-se em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos
Para quem gosta de Código Da Vinci, também há a crença de que sua origem vem do dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país, alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.

(Repitam comigo: “Obrigado, tio Google!”)
De fato, crendices relacionadas à sorte são bem comuns e, às vezes, fazemos sem mesmo perceber (você costuma passar por debaixo de escadas?)
Vejamos alguns exemplos diversos:

Brinde
Se no seu copo tiver bebida alcoólica, não brinde com ninguém cujo copo contenha bebida sem álcool. Vocês terão seus desejos invertidos. (Fica ligado nisso Thiagão! Você tá correndo risco!!!)
Gato Preto
Na Idade Média, acreditava-se que as bruxas transformavam-se nesses animais. Por isso, diz a lenda que cruzar com gato preto é azar na certa. (hein? lá em casa tem 4 gatos pretos!!!)

Que tal um pouco de azar?

Romã (Punica granatum Linn)
Originária do sul da Ásia, a romã era cultivada pelos fenícios, que associavam o fruto à riqueza. Pela tradição, para que não falte dinheiro, deve-se comer sete sementes da fruta e guardar os caroços na carteira até o ano seguinte. (Traz dinheiro, é? Ora, então por que se limitar a sete?).
Guarda-chuva
Abrir guarda-chuva dentro de casa traz infortúnios e problemas aos familiares.

Pé-de-coelho
O rito nasceu da crença de que os ossos das patas da lebre poderiam curar gota e outros reumatismos.(Cara... eu ainda tô pensando na romã... traz dinheiro mesmo?)
Pão
Quando o pão cai no chão, ele deve ser recolhido e beijado para que não falte comida a essa pessoa. Isso porque no pão estaria Nosso Senhor.

Por hoje é só. Amanhã teremos a continuação do post, onde vamos discutir formas de se colocar crendices em sua mesa de jogo (não, não estou falando de truques para se tirar 20 no d20... é de cenário mesmo....)



GG
(fazendo figa, segurando uma ferradura, com um pé-de-coelho no bolso, apresentando sintomas de fobia a gatos e se alimentando, pura e exclusivamente, de romã-"grana!grana!")

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Segredos de Narati - Contos de Aquilon Pristine

Cap. VI - Câmara dos Olhos

Aelle rapidamente fez uma busca geral na sala enquanto Morgan tentava em vão acalmar os olhos com seu toque de paladino. Pristine tentava de alguma forma decifrar as escrituras no portal e identificar os olhos presentes como adorno ao redor do portal.

Em menos de dois minutos os aventureiros já estavam com água até o peito e Lomphys por ter uma estatura menor já estava tendo que nadar – como dificuldade por conta da armadura – pois as águas de pranto já lhe chegavam a cabeça.

_ Raios! O que vamos fazer agora? Não vejo uma saída aqui! – Prisitne que deixava a sua volta a água numa temperatura menor parecia aflito com a possibilidade de perecer afogado em lágrimas.
_ Tente se acalmar Pristine! Vamos conseguir sair desta sala! – Dorian coloca as mãos sobre os ombros de Pristine.
_ Por Bahamut Dorian! A situação está fora de nosso controle! – A pesar de extremista na fala Morgan parecia ainda enigmaticamente confiante _ Somente se Bahamut ou mesmo Colleron lançarem um milagre conseguiremos sair daqui com vida!
Aelle que parecia sereno desde que parou as buscas pela sala finalmente se pronunciou.

_ Silêncio! Escutem! O lamurio parece estar dizendo algumas palavras!
_ Palavras? Que palavras? Escuto somente um choro irritante! – Lomphys parecia muito aflito tendo que nadar para se manter com a cabeça fora da água.
_ Anjo! Dragão! Sim estou ouvindo palavras! Um murmúrio dizendo Anjo e Dragão! – Pristine se surpreende com o que descobre.
_ Não só isso Pristine! Há mais duas palavras! Lobo e Kobold! – Aelle se volta para Pristine como que tentando entender um padrão para as palavras.
_ Anjo, Dragão, Lobo e Kobold! – O que pode significar isso? – Morgan e Dorian olham para Pristine esperando uma resposta.
_ Por favor, decifrem isso logo! – Lomphys já estava dando pequenas submergidas com a água já acima da cabeça.

Pristine pensou rapidamente o que aquilo poderia ser e quase que instantaneamente gritou a todo grupo.
_ Procurem por um olho correspondente a cada uma das palavras citadas! Um olho de anjo, de dragão de lobo e de kobold!

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quarta-feira, 11 de março de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 5: Ladrões!


As pessoas do meu tipo devem aprender a conter sua impulsividade. Acabei dando todo o meu dinheiro aquele homem estranho pela informação, então tive que ir caminhando para a mansão da Governadora, que ficava em um uma fazenda, um pouco afastada da cidade, à cavalo, levaria apenas algumas horas, mas a pé, levaria um dia inteiro.

Resolvi trocar minhas roupas com as de um mendigo que encontrei na saída da cidade, assim iria parecer apenas um mero andarilho e não chamaria a atenção com minhas roupas espalhafatosas. Ainda queria manter meu chapéu, mas o mendigo fez questão de ficar com ele também, de qualquer forma não me cairia bem roupas de mendigo com um chapéu emplumado.



Quando anoiteceu, sai da estrada e encontrei um lugar para dormir, no dia seguinte, acordei bem esfolado como um mendigo de verdade e continuei meu caminho, depois de uma hora caminhando, avistei ao longe uma charrete que parecia brilhar com tanto ouro, mas parecia estar parada, muito estranho para um carro desse porte, aproximei-me um pouco mais, percebi um grupo com alguns homem em volta dela, haviam outros caídos no chão.

- Saia, Governadora Namira, você está cercada! – gritou um dos homens na direção da charrete.

Mais uma vez a impulsividade tomou conta de mim. Corri de onde estava na direção dos ladrões, saquei meu florete e apontei para o que parecia ser o líder dos ladrões, havia cinco ladrões em volta da charrete. Caídos no chão estavam três guardas, um ladrão e mais o cocheiro.

- Deixem a Governadora em paz, seus patifes! – gritei.

De dentro da charrete, pude perceber uma pequena movimentação na cortina de veludo e apareceu um olho curioso atento ao que estava acontecendo do lado de fora. O líder dos ladrões se virou para mim enraivecido e gritou:

- Seu mendigo esfarrapado! Acha que pode nos enfrentar? Peguem-no!

O primeiro ladrão correu em minha direção, cruzou espadas comigo, mas aproveitei uma abertura de sua guarda para lhe acertar um corte no peito, fazendo-o cair.

Outros dois correram na minha direção, tirei meu manto e joguei-o em cima do primeiro, deixando-o atordoado, quanto ao segundo, olhei fixamente em seus olhos e dei um passo rápido para a direita, o homem assustado, tentou acompanhar minha finta, mas não percebeu quando rapidamente me abaixei e chutei sua perna, derrubando-o com força no chão, voltando ao primeiro, agarrei o manto que tinha jogado nele, rodei-o e joguei o ladrão em cima de seu companheiro caído.

Corri para perto da charrete, um dos ladrões sacou uma pistola e apontou-a para mim, mas consegui pegar no seu braço e levanta-lo para o alto, fazendo-o errar o tiro, aproveitei a posição para agarrar seu pescoço com uma chave de braço com o braço esquerdo e com o outro bater o cabo da espada na sua cabeça.

Engajei em duelo com o líder dos ladrões, mas um deles, bem baixo, um halfing para dizer a verdade, que eu não tinha visto antes pulou de cima da charrete e me agarrou pelas costas envolvendo os braços no meu pescoço e as penas no meu abdômen.

- A Governadora é toda sua, Van, boa sorte! – cochichou ele em meu ouvido.

- Obrigado, Banin – respondi, e logo em seguida bati forte de costas na charrete, o halfling, me largou caiu no chão fingindo desmaiar.

Continuando o combate com o líder dos ladrões, que há esta altura o leitor já deve imaginar quem é. Ele correu na minha direção e tentou me acertar uma estocada, consegui desviar, com um habilidoso ataque desarmei-o e logo em seguida, meti-lhe um chute no peito, Capitão Adler voou para trás e caiu no chão fingindo-se desacordado da mesma forma que o halfling.

Momentos depois, a porta da charrete se abre e uma magnífica mulher sai de dentro, possuía aparência jovial e curvas bem traçadas, trajava roupas negras de maneira bem provocante, seu longo cabelo castanho estava todo caído para o ombro direito. Era realmente muito triste saber de todas essas histórias envolvendo-a.

- OH! Eu não sabia que andarilhos carregavam espadas... – disse-me.

- É... precisamos estar sempre preparados para o que vamos encontrar por aí – respondi engasgando um pouco.

A mulher desceu da charrete, olhou para mim e disse:

- Duquesa Namira Archinis, Governadora da Colônia de Aurengard.

Elevei minha mão até a cabeça para tirar meu chapéu, mas esqueci que ele ficara com o mendigo, então apenas me abaixei e disse:

- Meu nome é... Trevor... Leng, viajante de Theriasca, encantando, senhora.

- Então, senhor... Trevor Leng, preciso de um novo chofer, meu antigo não está em condições, se é que entende... – disse olhando para um dos homens caídos no chão.

- Seria uma grande honra para um pobre mendigo como eu, minha senhora, não sei se sou digno, não cairia bem um cocheiro sujo e fedido como eu dirigindo o carro de tão esplêndida dama.

- Não se preocupe com isso, querido – disse ela sorrindo para mim – lhe pagarei bem, além disso, tenho roupas para você em minha casa e afinal você salvou minha vida – dizendo isso entrou de volta na charrete e bateu a porta.

Dirigi-me a frente da charrete, e ao passar pelo último homem que derrubei, pisquei para o velho Capitão Adler em agradecimento, sentei-me no banco do chocheiro e bati as rédeas dos cavalos para seguirem viagem.

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Segredos de Narati - Contos de Aquilon Pristine

Cap. VI - A Câmara dos Olhos

Todos já haviam entrado na sala e a visão parecia a mais estranha que qualquer um deles jamais teria visto. A porta se fechou imediatamente a suas costas. Nem mesmo sinal de haver uma porta ali permaneceu do lado de dentro da sala. Mas isso era o menos estranho. Vários olhos revestiam as paredes e teto, olhos estes presentes não em pintura, mas em espécie viva, olhos que se movimentavam que observavam atentamente todo e qualquer movimento recorrente no aposento.

_ Por Bahamut! Que aberrações são essas? – Morgan deu um giro em torno de si com um ar de total perplexidade _ Onde fomos parar?
_ Creio que seja uma câmara dos olhos! Algo como mais uma armadilha! – Pristine olha em volta como que admirado e volta toda a sua atenção a um arco de portal, adornado com olhos vivos e bases em ouro, logo na parede à frente.
_ Como pode haver tantas bizarrices no interior destas montanhas? – disse Lomphys impaciente se voltando para o jovem eladrin.
_ Há muito mais no mundo do que apenas os nossos cansados olhos podem ver caro anão!
Muito mais do que podemos imaginar aos limites de um assentamento anão! Não deveria ficar tão surpreso afinal de contas o perigo que assola a região é gerado por insetos drasticamente alterados! – dizendo essas palavras, Pristine, sem sequer por um segundo parar de fitar o arco a sua frente, caminhou em direção do mesmo _ É fascinante como pode haver uma sala com tanta magia imbuída. Há tanto tempo inexplorada!

Pristine foi seguido de perto por Aelle, que parecia demonstrar idêntico fascínio pela sala. Morgan e Dorian seguiam ainda levemente alterados pela estranheza da sala, ambos sentiam como se até mesmo sua alma estivem sendo observadas por todos aqueles olhos, estes de vários formatos e tipos, alguns lhe pareciam familiares e outros de tão desconhecidos lhe causavam angustiado desconforto.
Quando Pristine e Aelle seguidos de Morgan e Dorian chegaram de frente ao portal, Lomphys ainda estava no inicio da sala.

_ Ora veja só que curioso! Não conheço nenhum olho, de qualquer criatura que seja desta forma! – dizendo essas palavras, Lommphys já dirigia sua mão em direção ao olho.
_ Não faça isso! – com um coro, Aelle e Pristine tentaram intervir na ação de Lomphys.
Contudo Lomphys já havia enfiado seu grosso dedo anão nos pequenos olhos desconhecidos. Foi quase instantâneo, um pequeno lamurio começou tímido e foi se alastrando pela sala. Os olhos piscavam fortemente e depois se comprimindo começaram em coro uma espécie de choro angustiante. A sala então começou a se encher de lágrimas que rapidamente subiram até os pés dos aventureiros. Talvez em menos de cinco minutos toda a sala estaria alagada pelo choro dos olhos.

_ O que você fez, anão? – Morgan fungou fundo olhando em volta a situação.
_ Eu não fiz nada de mais! Apenas fui ver o que era aquele olho! – Lomphys parecia um tanto quanto nervoso de ter tantos olhares repreensivos contra ele.
_ Ora, você machucou os pequenos olhos com suas mãos! _ Dorian parecia padecido do sofrimento dos olhos.
_ O ver anão, como sempre, é sinestésico demais! – Pristine fala com certo tom de desprezo e chacota, mas rapidamente recupera o ar sério _ Rápido, vamos encontrar uma saída!

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terça-feira, 10 de março de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 4: Aurengard


- Estamos perdidos! – exclamou Banin quando pisamos no porto

- Não precisa se preocupar, pequenino, eu resolverei esse assunto – tranquilizei-o.

- Você não entende, Van! Se a governadora não nos matar, Long Piete o fará! – o halfling estava notavelmente apavorado.

Virei-me para o Capitão Adler e disse:

- Muito obrigado, Capitão, mas preciso continuar sozinho agora e não quero envolver você e sua tripulação.

- Não, Van, você não pode nos abandonar! – gritou Banin quando percebeu que eu não dava atenção à ele.

- Van, a governadora é uma mulher muito perigosa, você vai se arriscar demais - aconselhou-me o Capitão.

- Eu sei, senhor, mas já me decidi, irei sozinho – E sai caminhando apressado pelo cais, enquanto meu velho Capitão e minha velha tripulação me olhavam preocupados.

Aurengard é uma cidade maravilhosa instalada em uma baía em formato de meia-lua, grandes torres e um gigantesco forte evitam que navios indesejados se aproximem da cidade. Seu porto recebe e despacha dezenas de navios todos os dias. Mais ao centro da cidade, várias casas e milhares de camelôs comercializam milhões de peças de ouro todos os dias, todo tipo de produto pode ser encontrado por lá. Passado os comerciantes, há um bairro com apenas casas de nobres e comerciantes ricos.

Mais eu não tinha tempo a perder, fui a uma taberna no bairro dos comerciantes, chamada Estatua Dourada. Lá dentro, como o próprio nome diz uma estátua dourada com três metros de altura representando uma mulher com oito braços se encontrava no centro da casa. Sentei-me ao balcão, um taberneiro barrigudo e barbudo, usando roupas de marinheiro veio até mim e bateu na minha frente um copo cheio de rum.

- Eu não pedi nada! – respondi assustado.

- É o que todos pedem por aqui! Agora beba! – disse ele e saiu.

Bebi um gole do rum, e enquanto o gosto amargo preenchia minha boca, engrossei a voz e disse:

- Preciso falar com a Governadora.

O homem olhou para mim, deu uma risada escondida entre sua barba e continuou andando, dei um suspiro e olhei para as outras pessoas da taberna. Levantei-me e andei pela taberna conversando com todos, mas sempre desviavam do assunto quando o nome da Governadora era citado.

Desanimado, voltei ao balcão, pedi o almoço, subi ao segundo andar e sentei-me para comer em frente ao rosto da grande estátua notei que ela usava uma máscara. Aquele lugar era imundo - havia uma pequena aranha caminhando na face da estátua – também com um dono daquele...

De repente, uma das cadeiras de minha mesa foi puxada, um homem, com um longo chapéu velho que encobria grande parte do seu rosto sentou-se, debruçou o braço na mesa, olhou-me pelo canto do olho, de modo que ainda não pude ver seu rosto, e disse com uma voz grave:

- Então você quer saber sobre a governadora, não é?

- Sou eu mesmo – estendi minha mão para cumprimenta-lo – meu nome é Van D...

- Não tenho interesse em quem você é, rapaz – interrompeu ele – apenas no seu dinheiro.

- E quanto você quer?

- Isso vai lhe custar cinquenta peças de ouro... e seu prato de comida... ou melhor seu copo de rum.

Coloquei meu copo perto dele, tirei uma bolsa de dinheiro do meu cinto, pus na mesa e continuei comendo enquanto ele falava. Depois de um gole do meu rum, o homem misterioso começou a dizer:

- Que tipo de homem você é? Deve ser o único marinheiro que não conhece a Governadora Namira Archinis. Além de grande administradora da Colônia, a Governadora ainda é uma feiticeira com grandes poderes, todos os marinheiros a temem, dizem por aí que ela uma colecionadora de homens, casa-se com eles e então eles nunca mais são vistos, meses depois, ela escolhe outro marido e o coitado também desaparece! É claro que apenas estrangeiros que nunca ouviram falar dela caem nos seus golpes.

Quando o homem terminou de falar, joguei o osso no meu prato vazio, levantei-me, coloquei meu chapéu e disse:

- Muito obrigado pelas informações, senhor.

Desci as escadas e sai decidido da taberna.

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Segredos de Narati - Contos de Aquilon Pristine

Cap. XIII - O Dragão e a Bruxa.

Os aventureiros já haviam andado um dia e acabaram de desmanchar o acampamento onde passaram a noite. Pristine descansara muito mal nesta noite. A amarga sensação de preocupação assolava seu coração. O que teria acontecido a Sariel? Poderia algo ter acontecido com Berrian Dualister? Michelle Quarter?

Quando se puseram a caminhar a cabeça de Pristine girava com os pensamentos que lhe ocorriam. Lembrava-se das varias vezes que se divertira com seus colegas pelos corredores e salas da Abadia. Lembrou-se de um dia em especial então.

O dia já se fazia vasto, era um destes dias comuns de verão quando o dia é bem mais longo e grandioso do que a noite. Eles e seus colegas já se encontravam sentados na longa mesa de estudos que fica bem ao centro do dormitório. Com uma leve batida a porta se abre e de uma fresta o semblante de Michelle aparecia.
_ Já podemos entrar? – e dizendo isso entrou pela porta seguida de Sariel e Naivara, esta ultima com as roupas levemente chamuscadas e com o rosto sujo de carvão. Sariel como sempre estava com os cabelos presos e com o óculos de lentes redondas e Michelle estava trajando uma leve túnica com abotoaduras laterais e cinto.
_ Hep, o que estava fazendo? – se dirigindo a ela Erevan foi com um lenço que prontamente retirou do bolso passou levemente no rosto de Naivara.
_ Não esquenta Chin! É que estava fazendo um experimento novo. Acho que descobri uma utilidade a mais para a combinação de Éter com o acidulante de Limo!
Todos se entreolharam e Aquilon e Michelle caíram na risada.
_ Pior foi pela manhã, no treinamento de combate armado, o Dualister deixou a sua maça cair nos pés do Isildor! – Sariel parecia feliz em fazer aquele comentário enquanto o rosto de Dualister se enrubescia.
_ Ora eu não tive culpa! Já havia machucado minhas mãos com fogo alquímico! – e mostrando a mão enfaixada completou _ Veja só!
Mais uma vez todos lançaram risadas da situação toda.
_ Bem rapazes, acho que já podemos começar! – levantando da mesa Markin diz em tom sério e faz um aceno para que todos se acomodem _ Temos muito que tratar hoje!

Foi naquele dia que fundaram o efetivamente o grupo dos FeyLords of Wisdom. Começariam a buscar e pesquisar a cerca da antiga profecia. Poderiam eles ali naquele dia saber o que aconteceria? Já haveria ali naquele dia um traidor?

Cortando-lhe totalmente do transe em que estava Pristine sentiu a orb realizando uma chamada.

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Folhas que caem.


Folhas que caem.


Já faz três anos. Três anos desde que me juntei a patrulha de Luminares, meu lar. Três anos que vejo, noite após noite, o ascender e o descansar de Sehanine, a deusa Lua. O lento movimento do mundo caminhando para seu destino, a sutil caminhada de tudo nas tortuosas trilhas da Dama-Sem-Nome, a rainha de tudo que é vivo e um dia deixará de ser. Faz três anos que acompanho, toda noite, a leve dança da Floresta e, mesmo assim, ainda é um espetáculo do qual não posso desviar os olhos. Hoje, quando a última folha da estação caiu junto da aurora, me emocionei como da primeira vez, talvez até mais. O inverno chegou, a Dama Corvo se ergueu de sua morada e caminha entre nós.

Hoje na última hora, quando Sehanine estiver em seu mais alto trono, tomará lugar a Cerimônia dos Ventos, que eles possam levar a Rainha Corvo em paz por sua jornada. Mesmo com a proximidade da celebração o coração de todos parece apreensivo, sorrisos nestes tempos difíceis são raros e fracos como a luz que hoje se derramou no tapete de folhas caídas.


Este Inverno promete ser rigoroso e difícil para nosso povo. A caça se tornou cada vez mais escassa, os animais fugiram para o sul. Eles parecem sentir no ar o cheiro da tempestade que se forma um passo após o Horizonte. Uma nuvem negra, não como a noite que é bela, mas negra marcada da não existência. Uma tempestade com o fedor dos góblins. Luminares se prepara para a guerra. Possa ao menos o vinho não ter o gosto de sangue.

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domingo, 8 de março de 2009

DOWNLOADS BOLADÕES DE AMOR

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Segredos de Narati - Contos de Aquilon Pristine

Cap. XII - Nos Limites de FeyDark

O portal puxa tudo com uma força relativamente grande. Tudo é sugado para dentro do portal de forma desordenada e violenta e os aventureiros fazem a viagem de maneira pouco confortável.
Pristine percebe então no memento que passa por Lomphys que algo de errado parece acontecer com ele e neste momento o anão e sugando para outro braço dimensional do turbilhão planar.

Quando finalmente chegam a um lugar os aventureiros o percebem como bem diferente de tudo que já viram.
Prisine e Aelle como descendentes de Fey reconhecem para si estar em FeyWild, mas em um lugar onde nunca estiveram. Uma planície, que parece estar entre montanhas, um vale que se estende quilômetros para o norte e para o sul.
Priestine olhando em volta então percebe Taren correndo mais à frente descontrolado ele fala com algo que segura que lembra a orb usada por Pristine.
_ Rápido! Tire-me daqui!
Aelle e Prisitne correm em seu encalço.
_ Elfo me ajude a cercá-lo! Não podemos nos dar ao luxo de perder ele de vista!
Taren corre alguns metros em direção ao norte, Pristine e Aelle seguem-no de perto e Morgan se recuperando da desastrosa aterrissagem se levanta aos tropeços e corre para a perseguição.

Mas neste momento todos percebem então uma espécie de rachadura dimensional, como se um pequeno portal se abrisse. Desfigurando o cenário de dentro da rachadura sai uma mão que agarra Taren pelo colarinho. Pristine se lança em direção a Taren mas antes que pudesse encostar a ponta de seus dedos nele a mão puxa Taren para dentro da rachadura, desaparecendo logo em seguida junto com o portal.
_ Desgraçado! - Pristine cai no chão e começa a esmurrá-lo.
Aelle olha em volta desolado como se procurasse algum conforto.
_ Parece que ele escapou entre nossos dedos! Não conseguiremos saber quem o tirou daqui, muito menos para onde o levou! – dando mais uma olhada na região Aelle completa _ Teremos agora, é que descobrir como sair daqui.
Pristine se levanta ainda ofegante, olhando nervoso a sua frente como que procurando uma referência.
_ Estranho não me lembro de estar em nenhum lugar assim antes em FeyWild! – Pristine olha em volta atentamente.
Onde poderiam estar? Pristine pensa rapidamente nos estudos de geografia de FeyWild.
_ Espere somente um minuto!
Pristine então começa a meditar um pouco e então reconhece estar em um lugar onde nunca desejou estar, longe dos assentamentos eladrins de FeyWild, um lugar conhecido como Feydark, terra natal de muitos dos mais perigosos inimigos dos Eladrins os terríveis Fomorians e Drows e o pior, em suas maiores profundezas, o próprio Príncipe do Inverno.
_ Raios! – com relativa cara de espanto Pristine começa a falar para Aelle _ Esse vale parece ser uma das entradas para FeyDark, afinal ela fica dentro das montanhas, indo em direção ao sul, isso faz daqui uma fronteira direta com os limites do Príncipe do Inverno! Veja é possível perceber que as montanhas vão se juntado para se adentrarem à verdadeira região de FeyDark! Nunca estive tão longe assim!
_ Então é melhor darmos um jeito de sairmos daqui! – Aelle parece preocupado _ Imagino que elfos e eladrins não sejam convidados bem vindos nos arredores!
_ Bem, ainda não corremos real risco por não estarmos diretamente nos domínios do Príncipe do Inverno. – Pristine olha atentamente para as montanhas _ Mas mesmo assim creio que seria bom se voltássemos para o Plano Mortal.
Com o fim da perseguição e sabendo onde estão Morgan e Aelle finalmente dão falta de Lomphys.
_ Onde o anão foi parar? – Morgan olha em volta como que procurando pelo chão algum sinal do anão.
_ Pelo que vi ele teve problemas com a viagem planar. Deve ter se teleportado para outra região de FeyWild ou mesmo FeyDark! – Pristine diz isto já se arrumando para seguir viagem.
_ Não diga isso Aquilon Pristine! – Morgan pareceu nervoso ao se virar para o eladrin _ Pelo que você falou e pelo pouco que sei FeyDark é uma região perigosa demais para ele sozinho!
_ Claro! Mas o que podemos fazer? Assim como não tem como saber para onde o Taren foi, nunca saberemos para onde o Lomphys poderá ter ido!
Aelle intervêm a conversa.
_ Bem amigos podemos dar sorte de nos encontrarmos com ele antes de voltarmos ao Plano Mortal!
_ Sim, mas antes preciso fazer uma coisa. – Prisitne olha fixamente para Aelle _ Um rito.
_ Nunca pensei que estaria um dia em FeyWild, mas agora que estou aqui, também sinto que deva prestar homenagem à casa dos antigos. – Aelle retribui o olhar com consentimento e completa _ Mas, penso ser melhor pegarmos a direção norte e caminhar rumo as florestas naquela baixada.
_ Com certeza lá será um ambiente onde se sentirá muito melhor! – Pristine coloca levemente a mão sobre o ombro de Aelle _ Rumemos para lá então.
Após algumas horas de viagem na planície do vale em direção ao norte, Pristine percebe que seu pequeno artefato de comunicação está apontando uma chamada.
_ A floresta está muito longe ainda! – reclama Pristine olhando para Aelle com um olhar fixo assentido como o anterior e apontando discretamente para o bolso.
_ Ainda estamos a uns cinco dias de viagem daquelas florestas da baixada. – Aelle confirma o olhar de Pristine e se voltando para Morgan diz _ Vamos procurar por um abrigo.

Pristine ignora a chamada e ajuda a montar o acampamento o mais rápido. Logo o acampamento estava montado e seguindo a decisão estabelecida Pristine ficaria de vigia enquanto Aelle e principalmente Morgan que estava bem mais ferido e fatigado descansavam.
Algumas horas se passaram e Pristine acabou pegando entrando em transe enquanto pensava no que faria para reaver o livro que acabara de perder. A orb chamou constantemente por ele mas como ela não tem efeito sonoro Pristine não voltou do transe e ignorou todas as vezes incansáveis que ela tentou estabelecer uma comunicação.
Foi muita sorte não ter ocorrido maiores imprevistos com o adormecimento de todo o grupo em um local tão descampado e a vista, mas em poucas horas de descanso Pristine já despertará assustado com seu desleixo.
Pristine se levanta e chama por Aelle que ainda dormia como pedra sob a relva.
_ Tenho que atender uma chamada de meus amigos vou aproveitar para reportar o que nos ocorreu. Talvez possam ajudar. Se dirigindo para um local mais afastado Pristine completa _ Venha comigo!
Aelle responde ao chamado de Pristine e se encaminha pra o local onde o eladrin parece checar algo em seu bolso.
Retirando uma orb avermelhada translúcida do bolso. Pristine a levanta apoiada nas mãos a altura do peito. Balbucia algumas palavras incompreensíveis ao elfo e lança um leve sopro dos lábios.
Logo que atende, a orb se torna opaca e como uma tempestade nebulosa pode-se perceber o semblante preocupado de sua colega Sariel Tristars.
_ Sariel? Você? O que aconteceu? Alguma coisa nova inadiável? – Pristine parece um pouco desconcertado com uma chamada de Sariel ele esperava Markin ou até mesmo Dualister o Michelle.
_ Pristine! Finalmente! Porque demorou tanto para atender? – a voz de Sariel sai quase cochichada e esboça uma leve expressão amedrontada.
_ Tive sérios problemas na antiga Abadia! – Pristine já muda completamente sua voz para um tom mais neutro _ Mas porque você parece alterada? Aconteceu algo que deveria saber?
_ Sim! Pristine eu sei que ultimamente não estamos nos dando muito bem, mas você é neste momento a única pessoa em quem confio! – Sariel parecia realmente abalada
_Ora Sariel, não que não nos damos bem!" – Pristine parece um tanto quanto embaraçado com essa afirmativa _ Você sabe que confio muito em você!
_ Pristine há um traidor entre nós! - nesse momento se ouve um ruído como se uma porta acabasse de ser aberta violentamente, Sariel vira o rosto assustada para o lado bruscamente _Você!
Apenas um grito agudo precedeu o som de vidro se quebrando com a imagem totalmente distorcida nem Pristine muito menos Aelle conseguiram ver algo antes que houvesse total perda de contato.
_ Raios! Como assim? – Pristine olha indignado para Aelle. _ Pelos deuses o que está acontecendo?
_Parece que sua amiga está em grande perigo! – Aelle parecia um tanto quanto curioso com cena que acabara de presenciar um tanto pelo aparato mágico que não sabia que Pristine portava e sem duvida mais ainda pelo relato da colega de Pristine _Se ela descobriu um traidor para o que quer que vocês estejam fazendo, e ele a descobriu, temo por sua vida! – apesar de uma pequena ponta de duvida a cerca dos objetivos e da missão na qual Pristine está envolvido Aelle se compadeceu da angústia de seu companheiro e reservou as perguntas para um momento mais oportuno _ Pristine você não faz idéia sobre quem ela falava?
Somente neste momento Aelle realmente se deu conta em qual estado seu amigo estava.

Fitando-o nos olhos percebeu que a feição de Pristine oscilara rapidamente de indignação ao desespero. Aelle podia sentir a imensa preocupação dele com Sariel. Os olhos de Pristine curiosamente pareciam levemente lagrimejar. As lágrimas que finas e envergonhadas saiam de seus olhos evaporavam logo em seguida como uma neblina e os olhos se enevoavam em um azul mais opaco que o normal.
Como que saindo de um breve transe Pristine se virou ao companheiro.
_ Não! Nunca poderia imaginar um traidor entre nós!
Aelle deu uma leve levantada nos ombros como se dissesse que não fazia idéia do que fazer ou pensar.
_ Onde estaria o Dua numa hora dessas? – Pristine olha novamente para a orb e começa o mesmo ritual antes realizado para chamar Sariel.
_ O Dua é meu colega de quarto a cinco anos! Ele tem que saber de alguma coisa! – Pristine fica ainda mais apreensivo e olha para o elfo _Aelle, o Dua também pode correr perigo!
_ Se existe mesmo um traidor, sinto em dizer que até mesmo você estará em perigo meu amigo Pristini!
Na orb começa a aparecer o semblante de Dualister em uma elevação lateral como se estivesse segurando a orb abaixo da cintura.
_ Pristine, agora não, estou em aula! Dualister diz com uma calma voz quase inaudível sussurrante.
_ Dua preciso de você agora! É uma emergência! Caso de vida ou morte! – Pristine já parecia mais nervoso que apreensivo _ Saia dessa aula pelo amor de Colleron teu deus!
_ O que pode ser tão urgente assim agora? Está bem vou chamar você de volta! – dizendo essas palavras Dualister finaliza o contato.
_ Aelle, devemos voltar para o plano Mortal o quanto antes! Pristine começa a olhar em volta do terreno procurando algo que ele mesmo não saberia o poderia ser.
Segundos se passaram até a chamada de Dualister:
_ Vejo que está com Aelle! – cordialmente Dualister acena com a cabeça _ Olá, amigo elfo!
_ Olá Dualister, é bom vê-lo em plena saúde!
_ Não há tempo para cordialidades aqui! – interrompe fortemente Pristine.
_ Como Corellon me provem! Mas o que vocês querem? Estão em perigo?
_ O que leva Pristini a contatá-lo, receio dizer, nos trás grande aflição! – Aelle entra na conversa antecipando o assunto.
_ Dua, a Sariel foi atacada! Agora a pouco por alguém que ela falou ser um traidor dos FeyLords! – Pristine se atropela e enrola com as palavras _ Ela foi atacada! Perdi contato com ela de maneira agressiva!
Um breve silencio intimidador permaneceu.
_ Temo por você também meu amigo! Mas você precisa encontrá-la! Não sei ao certo qual seria a aula dela, mas você deve saber! Por Corellon! Ajude a Sariel! – o tom de súplica na voz de Pristine bateu como pedra não só no coração de Dualister, mas de Aelle também _ Não comente isso a nenhum outro FeyLord! Mas tente achar a Michelle também! Temo por ela também!
Antes mesmo que Dualister pudesse pensar em responder Pristine continuou.
_ Estarei preso em FeyWild por um tempo! Mas estarei regressando assim que possível!
_ Caro Dualister, não cite nada sobre o traidor, isso poderia alertá-lo de que você também tem consciência de sua existência! Aelle diz em tom de informação olhando de Dualister a Pristine.
_ Aelle já sabe de por menores de nossa missão! Siga o conselho dele! Logo estaremos ai! – com um certo de súplica as próximas palavras saem _ Mas seja rápido!
_ Como? Sariel foi atacada porque descobriu um traidor entre nós? – Dualister parece perplexo com as afirmações de Pristine _ Oh, por Corellon, o mal de se ser um Clérigo de Ioun é ter o dom natural para saber das coisas, mas vou procurar por ela agora mesmo!
_ Dua, seja breve e cauteloso meu amigo! Logo lhe chamarei para saber como estas!
_ Boa sorte amigo eladrin, que Corellon e Melora possam guardá-lo! – cordialmente Aelle faz um aceno.
Dualister faz um breve aceno com a mão e sua imagem começa a apagar-se da orb.
_ Aelle! – Pristine se vira abruptamente para ele _ Como está minha expressão? Ajude-me a me acalmar preciso contatar todos os FeyLords e aparentar estar bem! O traidor deverá estar abalado se entrou em combate com Sariel!
_ Você está bem meu amigo, mas acalme-se um pouco mais, sei que a notícia de sua amiga o abalou, mas precisa ser cauteloso.

Pristine olha em volta e então para os céus segue-se uma respiração pesada funda e depois outra. Um leve ar gélido começa a se formar em torno dele e sem dizer sequer uma palavra dispara uma rajada de gelo pelo chão congelando toda a grama em volta. Como poderia um dos Feylords ser um traidor! Pior, como poderia Chin seu amigo desde que entrou na escola querer trair o grupo! Não somente estes pensamentos assolavam a mente de Pristine, mas principalmente a preocupação que algo pior poderia ter ocorrido com Sariel. A imagem de Sariel Tristars lhe veio a mente. A garota de cabelos castanhos claros aos ombros, quase sempre usando os óculos de leitura na se ponta do nariz. Ela lhe parecia sempre séria mas sorridente, com pelo menos um livro em mãos em qualquer ocasião que seja. E a imagem dela resmungando com ele por conta de seus erros e deslizes se torna amarga quando ele lembra as ultimas palavras dela. “Pristine eu sei que ultimamente não estamos nos dando muito bem, mas você é neste momento a única pessoa em quem confio!” e são essas palavras que se repetem antes do grito de Sariel fazerem com que Pristine volte a si.

Pristine então se acalma para dar seqüência a uma série de chamadas a todos os Feylords a começar por Erevan Chinquest e Markin Sixortus.
_ Pristine, devemos ficar muito atentos para qualquer comportamento não natural. Qualquer vestígio de combate!- Aelle diz com firmeza _ Lembre-se que um deles é possivelmente o traidor!
Pristine reflete por um segundo na fala de Aelle e se volta para o companheiro.
_ Se fosse para desconfiar de alguém, o que me dá um enorme pesar, eu desconfiaria do Chin ou do Markin! – Sua voz parece fraca e incerta _ A Michelle nunca faria isso sendo que foi ela que encontrou a profecia! A Naivara é muito tranqüila, sempre prestativa, apesar de ser muito neutra quando se trata de comportamentos tendenciosos!
_ Contudo meu amigo, neste momento o melhor é manter a descrição e não revelar muito.
_ Tranqüilo vou apenas reportar a missão como de que costume! – Pristine assente com firmeza.
Pristine chama por Erevan Chinquest primeiro, o tempo de chamada da orb parece não acabar como uma eternidade na escuridão e sem qualquer resposta as hipóteses começam a pulsar na mente de Pristine.
_ Chin maldito! Desgraçado!
Pristine já estava lançando mais uma rajada de gelo contra o chão quando Aelle se precipitou colocando a mão sobre os ombros do eladrin.
_ Não podemos presumir muito! Mas não responder ao chamado é realmente um indício.
_ Como ele pode fazer isso sendo que sempre dividiu o dormitório comigo e com o Dua!
_ O mal sempre encontra meios meu amigo!
_ Bem de qualquer forma você tem razão Aelle, é melhor ter certeza antes de tudo! – Pristine refaz o ritual de chamada da orb _ Vou chamar por Markin!
Markin atende prontamente quase que de imediato.
_ Estava tentando me comunicar com minha entidade em Feywild, mas não era exatamente você, Pristine!
Markin é um mago diferente dos demais de sua turma, um Warlock. Eles são a definição clássica do bruxo, uma pessoa que faz um pacto com alguma entidade que lhe concede seus poderes. Existem diferentes tipos de pacto podendo eles ser Feérico, para fadas; Infernal para abissais ou Astral para alienígenas.
_ Ora Markin, boa noite pra você também! – Pristine lança um leve sorriso sonso _ Bem como líder dos FeyLords of Wisdom achei que você deveria saber que estou mais uma vez em FeyWild! Isso enquanto deveria estar na antiga Abadia! Mas tive problemas com um homem que roubou o livro de mim!"
Pristine não parece estar nem um pouco a vontade, muito menos natural, mas continua falando com Markin.
_ Entretanto logo estarei de volta à escola, afinal o homem quem roubou o livro entrou em domínios de Feydark, e quanto a isso nada posso fazer!
Pristine nem mesmo espera uma resposta e reação e dá continuidade e de fato não consegue esconder bem que está levemente aflito e preocupado.
_ Você tem noticias dos outros FeyLords? Alguma novidade?
Vendo que esta será a primeira real resposta de Markin Pristine se atenta para reparar o colega.

Markin sempre falou mais calmamente e firme e como de costume aparenta serenidade como se tivesse sido interrompido numa meditação.
_ Nada de novo Pristine, Michelle e Sariel, estão em pesquisas, Naivara está com um novo projeto que ainda não nos revelou qual é, Erevan e Berrian parecem bem preocupados com a aproximação da profecia, mas estão se preparando como podem!
Markin mal dá tempo de Pristine rebater com outra pergunta e já se coloca firme.
_ Mas você disse Feydark? – a maneira como Markin fala é como uma ordem de um dos professores de maneira suave, porém autoritária _Você e os que estiverem com você correm grande perigo, devem sair daí imediatamente!
Pristine assente com igual firmeza.
_ Sem problemas Markin, vou sair daqui assim que terminar a chamada! Estarei ai em breve! Mas a propósito, se possível marque uma reunião extraordinária para amanhã! Preciso reportar a todos o que vi na Abadia antiga e nas proximidades de Feydark!
_ Certo Pristine farei isso, boa sorte, meu amigo!
Pristine encerra a chamada e ele e Aelle se entreolham.
_ Como sairemos daqui até amanhã Pristini? As florestas estão a pelo menos cinco dias de distância, e uma jornada pelas montanhas não será menor que isto!- Aelle parece levemente desanimado _ Estamos presos aqui até encontrar um portal!
_ Fique calmo meu amigo, tenho um ritual que pode ajudar a achar um Feycrossing, uma falha temporal planar que pode nos levar para o Plano dos Mortais! – dando um tapinha nas costas do elfo, Pristine continua num tom de voz mais baixo _ Mas antes, fale com Morgan e diga para desmanchar acampamento! Não podemos ficar mais nem um segundo aqui como pôde ver! Diga que rastreamos criaturas da Feydark e esta como uma rota de grande uso por estes!
_ Farei isto, passar a noite nos limiares de Feydark não me agrada realmente! Eu vou ajudá-lo a desmanchar acampamento.
Dizendo essas palavras Aelle se precipita para retornar ao acampamento. Contudo logo que Aelle se vira Pristine põe as mãos em seus ombros fazendo-o fitar-lhe novamente.
_ Ael, obrigado por tudo! Jamais pensei que encontraria em sangue élfico, e não puro eladrin, tamanha amizade e companheirismo! – Pristine esboça um leve sorriso talvez o primeiro mais sincero que Aelle tenha visto ele dar _ Parece que mais uma vez minhas intuições estavam certas e meu orgulho errado! Jamais vou me esquecer de tudo que está fazendo por mim e por meus amigos!
Pristine aperta o ombro de Aelle como um gesto de abraço que em seu interior seria o que realmente gostaria de fazer. Aelle inclina a cabeça numa saudação.
_ É um prazer ajudar aqueles que lutam pelos princípios certos! Você demonstra valor, e por isso tem em mim um companheiro fiel!
Prsitine faz a chamada para Michelle e Naivara enquanto Aelle desarma o acampamento junto a Morgan. Entretanto Pristine não estabelece contato com nenhuma de suas colegas eladrins. Tentando mais de uma vez principalmente na chamada a Michelle, Pristine desiste assim que observa o acampamento quase todo desarmado e então faz mais uma chamada a seu amigo Dualister.
_ Ainda estou tentando encontrá-la, Pristine! - diz Dualister ofegante
_ Dua, você não deve fazer parecer que sabe de algo! Seja natural e não comente nem mesmo com a Mi, apenas fique de olho nela por mim! Estou suspeitando do Chin apesar de não ter conseguido falar com a Naivara e nem com a Mi! – Pristine ainda relutava em acreditar que Chin pudesse fazer algum mal para Sariel _ O Markin me pareceu calmo demais para ter tentado algo! Converse com seu supervisor e diga que vai ficar no plantão da enfermaria! Invente que quer fazer um estudo complementar! Assim você fica mais seguro fora do nosso dormitório e pode saber se qualquer um der entrada na enfermaria!
_ Está bem eu faço isso! Mas por Colleron, espero que nada de mal tenha ocorrido com Sariel! Dualister parecia ter um pesar muito forte _ Como uma coisa destas poderia acontecer conosco?
_ Marquei uma reunião com o Markin para nós todos para amanhã, assim ele vai ter que procurar todos e vamos ter uma visão real do que está acontecendo! Contudo não tenho certeza se conseguirei chegar ai em menos de cinco ou seis dias! Enquanto isso fique de olhos abertos e tente me manter informado com muito sigilo e cautela. Receio que o traidor tenha visto que Sariel estava falando comigo!
_ Seis dias? Onde de FeyWild vocês foram parar?
_ Acredite se quiser mas nos limites de FeyDark!
_ Colleron te salve! Nem quero saber como foi parar ai! Mas deixe-me correr para tentar encontrar Sariel!
_ Certo, mas não se esqueça, não se posicione muito a favor de mim em nada a partir de agora seja cauteloso e mais indiferente! E que Corellon lhe proteja!
_ Farei o que puder Pristine, amanhã contatarei você novamente para dizer o que fiquei sabendo, que Corellon proteja a nós todos!
Terminando a chamada com Dualister, Pristine se encaminha para o acampamento já completamente desfeito. Aelle e Morgan terminam de ajeitar as mochilas quando Pristine se junta ao grupo e se virando-se para Aelle diz em tom calmo.
_ Elfo, as coisas não são tenebrosas somente nos arredores de FeyDark, na nova morada há a incerteza também das que geram a vida, pois ao sinal elas não respondem, contudo o sexto como líder dos sete dias me parece imaculado das impurezas da Feydark! Então vamos tentar voltar ao plano Mortal antes do sexto dia! - e se voltando rumo a floresta completa _ Marchemos amigos para nosso lar porque este é o limite entre o sonho e o pesadelo!

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