terça-feira, 28 de abril de 2009

Folhas que caem.

Entardecer.


No dia seguinte, apesar de toda a agitação que tomava conta de Luminares, eu permanecia estranhamente alheio a tudo aquilo. Tudo em que eu pensava era na noite anterior, em como minha mente parecia vagar pela noite junto de Alandriel, de como tudo parecia calmo, tranquilo. Não havia preocupações, não havia guerra, apenas a noite. Tudo isso trazia-me a memória dias de um tempo que parece distante como as estrelas, apesar de ter se passado apenas alguns anos. Um tempo onde as tardes eram medidas com risos e as noites, com suspiros. Lembrei de um tempo que, temo, não mais retornará. De quando ainda tinha poucos verões e apenas começara meu treinamento junto aos mestres de armas. O tempo onde conheci Alandriel, lembrei-me de todo o tempo que passamos juntos desde então, de todas as terdes que passamos na floresta, todas as noites que passamos a contemplar as estrelas, lembrei-me de nossos beijos sob os olhos da Lua, de nossa vida antes que a tragédia nos separasse... Assim passei meus dias, marcados por lembranças pontuadas de esperança.


Quando Pelor já ia alto no quarto dia após o conselho e meus pensamentos me levavam para longe dali, Ellandan bateu a minha porta. Perguntou-me o que eu ainda fazia ali quando deveríamos nos reunir com Ainun. Parece que novamente perdi a noção do mundo fora de meus pensamentos. Dei a Ellandan qualquer resposta e fui com ele até onde éramos chamados. Pelo caminho notei que todos nos olhavam, a notícia de que partiríamos em breve já havia se espalhado tornando a guerra definitivamente real, não era mais um pesadelo do qual poderíamos acordar.


Em pouco tempo chegamos a Clareira Central, onde se encontra o altar de nosso povoado, um pequeno altar em pedra, de uma beleza simples, marcada por outras eras. Ali, parados ao lado do altar, estavam: Ainun, o sábio, e sua mulher com a filha recém nascida nos braços, Sehanine, a Bela, e outras sacerdotisas. Ele nos disse que os preparativos para nossa empreitada estavam terminados e que partiríamos na próxima aurora. Dito isto fomos encaminhados ao centro do altar e ali recebemos a bênção dos deuses. Que todos eles estejam conosco e nos protejam.

Após a cerimônia todos regressaram para suas casa. Todos menos eu, fiquei para trás para poder fazer eu mesmo minhas oferendas à Melora. Que a deusa tome em suas mãos o meu destino e de àqueles que cruzarem minhas espadas uma morte rápida. Quando terminei todos já haviam partido. Pelor já se deitava e o céu estava pintado de bronze, como as folhas no chão. Foi então que notei um pequeno pássaro de um negrume sublime. Era um corvo, um mensageiro da Dama-Sem-Nome. Aproximei-me dele e lhe ofereci algumas frutas que trazia comigo, uma oferenda para que ele e sua senhora continuassem em paz por sua jornada e guardassem do perigo aqueles que nos são queridos.

Ele aceitou minha oferta e quando me aproximei notei em seus olhos muito mais do que esperava. Seus olhos guardavam sentimentos antigos e - teria sido impressão minha? - uma tristeza tocante. Como um pássaro, mesmo um símbolo dos deuses, poderia ter olhos tão humanos? E então ele foi embora, deixando-me sozinho.


Levantei-me e me virei para tomar o rumo de minha cabana, desconcertado por aquele curioso encontro. Os olhos do pássaro, tão expressivos, me eram de certa forma familiar. Comecei minha caminhada de volta para casa e, quando levantei os olhos para encontrar o caminho, lá estava ela, parada em meio as árvores. Seus cabelos, negros como a noite, estavam soltos sobre seus ombros, confundindo-se com sua túnica.

- Diga-me que não é verdade. - disse-me Alandriel. Só então percebi que ela parecia chorar.

- Temo que não poderia fazer isto minha senhora pois assim estaria mentindo. - Meus olhos fitavam o chão, não ousava encará-la.

- Por que, diga-me por quê? - O tom em sua voz era quase uma súplica.

- Eu parto “pela culpa... - pensei” para proteger Luminares. - respondi. Eu sabia que ela me culpava pelo que havia acontecido cinco anos antes. Eu me culpava. Aquele sentimento me esmagava a cada dia, já não podia ficar ali. Sabia que não poderia deixar acontecer novamente, dessa vez eu faria algo para proteger os que eu amava.

- OLHE-ME NOS OLHOS. - gritou ela. Sua atitude me surpreendeu e ela se aproximou. - Eu nunca o culpei pela morte de meu irmão. - e então ela me beijou.

Seus lábios ainda guardavam a macies da primavera. Seu beijo foi como um sopro de vida em minha alma, e como eu precisava dele.

- Volte para mim. – sussurou em meus ouvidos e assim me deixou, novamente sozinho, no último raio de luz que banhava o entardecer.

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domingo, 26 de abril de 2009

Paranóia

No último feriado por pouco não contece algo histórico no grupo de RPG de Três Pontas, que seria passar um feriadão sem jogo. Desde que nos tornamos universitários e nos separamos marcamos fielmente pelo menos uma sessão para essas ocasiões.

Bem como alguns já sabem eu não sou a melhor pessoa para mestrar uma aventura... Minha falta de paciência e organização faz de mim um mestre um tanto quanto relaxado e despreocupado... porem ja nas ferias passadas de fim de ano me vi animado e um tanto quanto forçado a mestrar pois um de nossos mestres (ele sabe que estou falando dele) ultimamente anda aposentado e mais preguiçoso do que eu.

Também já é comum a alguns que sou estudante de psicologia. E que ultimamente tenho visto o jogo de RPG com outros olhos. Mas isso será tema para outro post...
O fato é, visto que não teriamos jogo e que isso me deixaria maluco resolvi sob reforço de um amigo mestrar uma aventura de Paranóia.

Recentemente baixei aquela aventura solo de Paranóia para mostrar para os adolescentes com os quais trabalho o que seria uma aventura solo, uma vez que estava falando a respeito do universo do RPG. Não havia visto qualquer material de Paranóia até então, pois começei a oito anos atrás com 3D&T, passando por D&D e suas atualizaçõe, muito pouco de storyteller e uma aventura apenas de GURPS, fora os sistemas proprios baseados nos bons Final Fantasy da vida...

Somente o cenário foi utilizado, pois não temos o material e nem procuramos na net pra ver se achavamos... queriamos e jogar logo... por isso escolhemos o sistema mais rápido (mas nem de longe o melhor para esse tipo de aventura como pudemos constar) para começar logo.


Admito que de paranóia como quadro psicopatologico eu tenho familiaridade, porém pouco sabia sobre como seria o cenário em suas pormenores. Resolvi pegar uns monstros de FF8 que me vieram a cabeça, alguns enigmas legais e utilizei muito do perigoso mas instigante off individual para um jogador... criando assim um clima mais do que paranóide entre os jogadores e o ambiente em si...

Por fim me dei por satisfeito com a aventura super improvisada que criei... e pelo que pude sentir tive uma boa aceitação dos jogadores.

Só que como sempre penso em outras rumos para esse jogo... apesar de ainda não ter lido mais nada de Paranóia já sinto ela me limitando a criação. Como estudante de psicologia vejo um mar de possibilidades dentro deste RPG que o ar de zuação imposto pelo sistema (a que me parece) atrapalha um pouco o trama fazendo tudo virar um grande oba oba de mortes atrapalhadas e personagens como operários dos sintetizadores de alimento...

Portanto estou com uma idéia de utilizar sim os elementos essenciais de Paranóia (e ainda manter um leve ar cômico) porém criar uma ambientização própria onde possa explorar novas possibilidades que o RPG medieval (nosso prato principal) não nos dá. E até mesmo voltar as reminiscências de FF para fazer um jogo futurista com muitos elementos de estruturas psicologicas.

Claro que tudo fica no plano das idéias pois como sempre sou o mestre preguiçoso... mas quem sabe realmente de certo essa proposta...


Grande abraço pra todos pois o Computador é seu amigo!

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Homens de Verdade

Ae Galera

Para todos aqueles que ainda duvidam que o D&D é o único Jogo de Verdade para Homens de Verdade, deixo o link abaixo

http://fabneme.blogspot.com/2005/10/homens-de-verdade-no-jogam-gurps.html

Aceita um Quiche?

Um grande abraço a todos (abraço não, aperto de mão, apenas jogadores de Vampiro "Comedores de Quiche" se abraçam, se beijam e se mordem XD)


Thiagaum

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

LINHA DE TEMPO DE YMIRIAN - Parte II

Agora sim! A parte final da extensa história do cenário!
Como poderão perceber, este é um post mais voltado para os autores, que o utilizarão como base para a utilização de datas.

SEGUNDA ERA DAS ÁRVORES E ESTRELAS (4500-5530)
0:
Ocorre a Grande Peregrinação dos elfos para Nereli
Morre o imperador Alleni-Caritmol II, seu filho Jiareth-Caritmol o substitui
100:
O império élfico cresce sob o comando no novo imperador.
221:
*Companhia Escarlate: grupo de heróis elfos que teria derrotado um Rei-Dragão
300:
Império: centro do Continente Norte até Florestas de Ymir. Norte até o Rio Anum
Morre o imperador Jiareth-Caritmol, sua sobrinha Eldear-Caritmol o substitui
500:
A deusa élfica Tenneanna Nerele teria aparecido à Imperatriz
Conselho de Nereli: os líderes definem um panteão élfico único
700:
Os humanos teriam começado uma revolta em Cirília, vários escravos morrem
Morre a imperatriz Eldear-Caritmol, seu filho Jilian-Caritmol a subsitui.
Jilian-Caritmol é assassinado por um escravo, terminando a Dinastia Caritmol
O antigo Conselho Ancião Élfico é reestruturado.
750:
Humanos fugitivos teriam encontrado uma fortaleza de nibelungos ao norte
800:
Auxiliados pelos nibelungos, vários humanos são libertados em batalhas sangrentas
*Lanças da Liberdade: humanos e nibelungos que teriam libertado muitos escravos
850:
Vários humanos fogem para o oeste, fundando pequenas vilas.
Aos poucos, o atual idioma Sankar começa a se formar
1000:
As vilas humanas elegem um líder: Merkane e fundam o reino de Sank
1030:
Em Sank é fundada uma ordem de cavaleiros liderados pela guerreira Gawa

ERA DOS HOMENS (5530-5880)
0:

Gawa se torna rainha de Sank, casando-se com Merkane.
Uma era de ouro começa em Sank
40:
Morre a rainha Gawa, que começa a ser cultuada como uma divindade.
Cavaleiros de Gawa: grupo que definiria para sempre o conceito de Paladinos
50:
O Império élfico perde poder diante das rebeliões humanas e ataques nibelungos
200:
Boa parte da civilização élfica desaparece devido a uma doença, a Praga Vermelha
Gawa se torna uma divindade. Os descendentes de Merkane tornam-se os Mercanta
230:
Os humanos remanescentes, juntamente com nibelungos fundam Hara Sein
300:
Desentendimento entre líderes humanos e nibelungos.
Muitos nibelungos voltam às montanhas e se isolam em suas antigas fortalezas
320:
Inicia-se a Guerra Sank-Hariana.
*Garras de Sank: teriam lutado na guerra, rivais do Protetorado de Hara Sein
*Protetorado de Hara Sein: teriam lutado na guerra, rivais das Garras de Sank
350:
Pacto de Marfim: líderes dos dois reinos humanos assinam um acordo de paz
400:
Aumenta o número de dragões

ERA DO VENTO (5880-7586)
0:
Chegada de exploradores Draumans a Ymirian.
Nasce o dragão Heriátos (0)
200:
Chegada da colônia extraplanar do fogo na região central do Continente Sul
500:
Criado o Reino Olth’ Aris, sob o comando da família real Olth
900:
Imperador-Dragão Heriátos (900) inicia uma rebelião dos dragões contra os deuses
1000:
Dragões são presos pelos deuses no, hoje chamado, Território Draconiano
Heriátos (1000) é preso na forma humana, condenado a vagar pelo mundo
1030:
Criado o Castelo de Arkadiana, onde magos se reuniam no Conselho Arcano.
Heriátos (1030) torna-se um cavaleiro negro, aterrorizando os lugares onde passa.
1100:
Rápida expansão do Reino Olth’ Aris.
1200:
Ápice do Império: todo o Continente Sul, Adaga e Leste do Continente Norte
Magos são perseguidos pelo Império. A maioria foge para Arkadiana
1300:
As tribos da região Leste se juntam, todos seguindo o Culto à Leonna
Reunião entre as tribos e o Imperador: os bárbaros querem um Estado próprio
O Império ataca algumas tribos de Leonna, visando assustá-los.
1400:
As tribos começam a conquistar pequenas cidades do Império
1415:
As tribos bárbaras conquistam todo o lado leste do Continente Sul.
1420:
O lendário Lonrard, chefe das tribos de Leonna, morre durante uma batalha.
A deusa elege a Sacerdotisa Frincix, tornando-a a primeira mulher liderando Leonna
1438:
Guerra do Fogo (Império Olth’ Aris luta contra os bárbaros de Leonna)
1485:
Grande Batalha Arkadiana: onde o império tentou atacar de surpresa os magos
Transporte do Castelo de Arkadiana para as Ilhas do Bronze (atual Nova Arkadiana)
1490:
Batalha dos Vassalos de Ferro: que resultou nas atuais Terras Mortas, ao sul
1500:
Assassinato da família real de Mercanta (antigo reino de Sank) a mando do Império
O último da família Mercanta, príncipe Brethanin, declara guerra ao Império
1508:
Heriátos conhece uma jovem clériga, com quem se casa.
Aos poucos, Heriátos torna-se um herói.
1510:
Aliança entre Sank e as Tribos de Leonna.
1515:
*Aliança dos Dragões: heróis que teriam seguido Heriátos (1515) contra o império
1516:
Heriátos (1516) é nomeado general-dragão pela governadora de Leonna
1517:
Batalha de Heriátos: o general-dragão destrói um dos Canhões Bare
Heriátos (1517) luta contra os dois generais de confiança do imperador do fogo
Heriátos (1517) vence, aprisionando-os em cristais. Porém, ele desparece.
1518:
Batalha do Príncipe: em investida surpresa, tropas de Sank atacam a capital Olth.
1519:
Terminada a construção dos três poderosos Canhões Bare. Mas não são usados.
1520:
Queda do Império de Fogo Olth’ Aris. O Imperador Baros foge.
O antigo Imperador é encontrado na Ilha da Lua (onde hoje está a cidade Mercanta).
Morre a governadora de Leonna. Inicia-se a regência da família Cantrid
1522:
Pacto de Mercanta, onde os reinos da época se reuniram e dividiram o Império
São criados os reinos de Gaeron e Phoenne
O território dos orcs fica estabelecido, sendo chamado de Graz’ Orc
Uma parte das tribos de Leonna se separa, criando-se o reino de Theriasca
Aris (mais tarde, Airis) fica com a responsabilidade de policiar as Terras Mortas
Adaga torna-se independente
1523:
Morre Príncipe Brethanin Mercanta. Sank fica sob a regência da família Leadercraft
Na Ilha da Lua é fundada a Cidade Neutra de Mercanta.
1540:
Sank e Hara Sein juntam-se formando a Confederação de Sank-Hara
1550:
Iniciam-se grandes navegações, os reinos procuram locais para colonizar
1560:
Sank-Hara encontra novas terras a oeste, fundando Porto do Bronze
Leonna encontra um arquipélago a oeste, fundando o Arquipélago das Nuvens
1569:
Nasce Kami Nagahara (0)
1580:
Conde Henry de La Vaulx torna-se conde
Theriasca encontra terras a leste, fundando Drunes
Theriasca encontra terras a oeste, fundando Aurengard
1600:
Nasce Ian Fleiman
Theriasca encontra terras a oeste, fundando Vinigard
1607:
O rei de Gaeron presenteia Duque Arqbert Lymeston I com o Condado de Lymeston
1610:
Phoenne encontra terras a leste, fundando a Vila dos Anulbites
1620:
Ian Fleiman é amaldiçoado e preso magicamente
Gaeron encontra terras a leste, fundando Nova Portgran e Ilha da Torre
1625:
Lymeston torna-se um reino independente de Gaeron. Seu nome torna-se Lyme
1625:
Nasce Slam (0)
Tamna reanimada (?)
1630:
Finnon reanimado (?)
*Saga dos Mortos-Vivos: Tamna (?), Finnon (?)
Airis encontra terras a oeste, fundando Adreck
1640:
Nasce Johan (0)
1650:
Nasce Zimbabwe (0)
Ian é acordado pela família Fleiman
Nasce Hooney Greems (0)
1654:
Nasce Pullos (0)
Nasce Nohuc (0)
1656:
Nasce Paladino Dantie (0)
1660:
Nasce Van (0) e Nohuc (0)
1661:
Nasce Paola (0)
1662:
Nasce Leani Baum (0)
1665:
Nascem Tom (0) e Aran (0)
Nasce Yulla (0)
1663:
Nasce Jill (0)
1670:
Nascem Urza (0), Kraven (0) e Leonard Baum (0)
1675:
Nasce Felix Meiaw (0)
1678:
A deusa Leonna (Héollos) escolhe uma nova govenadora: Leani Baum (16)
1680:
Nascem Dante Aliguiere (0) e Glunk (0)
1685:
O Espantalho é ressuscitado e vaga pelas cavernas próximas à vila de Thinderwols
Nasce Raphaelo (0)
1686:
Nasce Adhan (0) e Galder (0)
*Saga contra O Espantalho: Tom (21), Aran (21), Nohuc (32), Slam (60)
Maldição sobre Paladino Dantie (30) e Paola (25)
1688:
Nascem Naru-X (0), Órion (0) e Drew (0)
1689:
Kami Nagahara (120) escreve A ARTE DA MAGIA
1690:
*Aventuras de Urza (20)
Chegada de Paladino Dantie (50) ao Santuário de Gawa
Arquimago escreve REINOS EXTERIORES
1692:
Aparece o Gato da Noite
Taberna do Aran (27)
1694:
*Saga do Pirata Vermelho
Desparecimento do Gato da Noite
1696:
*Aventuras de Van D`Elthar contra o Rei Bárbaro
*Aventuras de Johan em auxílio a Urza
1698:
*Saga das Safiras: Dante (18), Jill (35) e Kraven (28)
Julius Aliguieri escreve DRAGÕES E SUA TERRA MISTERIOSA
1700:
*Início da Saga de Vanderlock: Dante (20), Jill (37) e Kraven (30)
Arturos Bel’Mercanta escreve BESTIÁRIO
1702:
*Volta do Rei Bárbaro
1703:
Primeiro ataque de Theriasca a Graz’orc
1704:
*Contra General do Fogo: NaruX (16), Hooney Greems (54), Yulla Silverius (39), Raphaelo Figgust(19)
*Mão Vermelha: Dante Aliguieri (24), Galder (18), Jill Castle (41), Adhan (18), Pullos (50), Órion (16)
Morrem Órion (16) e Alan (18)
Nasce Mariane (0)
1705:
Príncipe Edmund Leadercraft II escreve O LIVRO DOS POVOS E NAÇÕES
*Contra Vanderlock: Dante (25), Jill Castle (42) e Kraven (35)
1706:
Ano Atual de Jogo



NOTA SOBRE A LONGEVIDADE DAS RAÇAS:

A vida dos homens vem se alongando nos últimos séculos.
Registros dos elfos sobre escravos homens mostram que eles não passavam de 35 anos. Já no
início Era do Vento, com novas descobertas em medicina e, relativamente,
melhor qualidade de vida, os homens chegavam a 50 anos.
Finalmente, em censo efetuado em Phoene, no ano de 1690, verificou-se que muitos homens chegavam a 60 anos.
Atingem a puberdade aos 13 anos.

Sabe-se que os elfos têm
vivido menos desde o declínio de seu império, no início da Era dos Homens.
Segundo livros encontrados em ruínas élficas, na aurora da Primeira Era das
Árvores e Estrelas, muitos elfos atingiam 550 anos. De fato, registros datados
de 1400 dessa era., contam que Bartholen-Nereli, pai do primeiro imperador elfo,
Hostalian-Nereli, teria vivido por 753 anos.
Atualmente, os elfos vivem
cerca de três vezes mais que os homens, atingindo, quando muito, 200 anos.
Chegam à puberdade com 42 anos.

Meio-elfos têm vivido, aproximadamente,
o dobro dos homens, 120 anos. Atingem a puberdade com 25 anos.

Os nibelungos têm apresentado estabilidade em suas idades durante eras.
Apesar de existirem registros de nibelungos que atingiram 100 anos, a morte vem cedo
para a grande maioria, que prefere a violenta morte em um campo de batalha que a
calma morte em bibliotecas... Atingem a puberdade aos 15 anos.

Haos também apresentam uma vida extensa,
chegando a viver por 300 anos.
Euros e Draumans apresentam idade próxima à
idade humana. Porém, os Draumans atingem a puberdade, em média, aos 9 anos

Gnomos, Halflings e Shaerans têm vivido, aproximadamente, o dobro dos homens, 130 anos. Chegando à puberdade com 20 anos ou, no caso dos Shaerans, com 30 anos.

Já o grande grupo de raças conhecido como Felinos (ou Filhos de Minxy), em média, vive por 90 anos e atinge a maturidade aos 20 anos.

Por outro lado, Kobolds e Orcs têm uma vida curta, chegando rápido à puberdade e vivendo, no máximo, 42 anos

Interessante ressaltar, também, que os denominados conjuradores arcanos têm apresentado um ciclo de vida mais longo que seu padrão racial.
Magos de menos poder chegam a viver 50% a mais que sua raça, já os de médio poder vivem o dobro dessa idade e, por fim, os magos mais poderosos chegam a viver quatro vezes mais que seu ciclo racial.
Observa-se que a magia não altera a chegada à maturidade de uma raça, porém, conserva a aparência adulta por mais tempo.





GG – Administrador Escravo
(Fugindo de livros de história...)

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 8: Inimigos Mortais

- Long Piete! – balbuciou a Capitã olhando pela luneta.

- A Capitã Jey e o pirata Long Piete são velhos inimigos, inimigos mortais! - cochicou-me a halfling Kath.

- Espero que isso não tenha nada a ver com você, senhor Elthar! – disse-me a shaeran.

- Como haveria de ter? De qualquer forma, não precisamos enfrentá-lo, o Tubarão Atroz é o navio mais rápido desses mares! – respondi-lhe.

- Sim! Mas eu preciso de tempo e preparação, Lowar! – disse ela chamando por seu navegador – me ajude, venha comigo.

Antes que ela e o elfo saíssem, segurei em seu braço, fazendo-a virar para mim:

- Conseguirei o máximo de tempo que puder! – e dizendo isso, toquei nossos chapéus, deixando ela com o emplumado e eu com o triangular.

Ela me olhou novamente com os olhos de quem queria me matar, mas dessa vez, parecia expressar confiança em mim, logo em seguida saiu junto com seu primeiro imediato.

- Kath, vá lá para baixo, não quero que se machuque! – disse virando-me para halfling.

- Não! Ficarei no convés e lutarei se preciso!

Emocionou-me ver aquela halfing tão confiante e corajosa, por isso, resolvi-lhe dar um voto de confiança.

- Certo, então me faça um favor, vá até minhas coisas e pegue um pano preto que encontrar lá, depois, abaixe a bandeira do navio, prenda o pano e levante-o.

Kath fez um sinal positivo com a cabeça e saiu decidida. Eu, por minha vez fui até o leme do navio, apoiei meu pé na amurada em frente a ele, levantei meu sabre e gritei à todos:

- Tripulação do Tubarão Atroz! Conheçam o seu novo Capitão! Van D’Elthar!

A tripulação ficou em silêncio. Não entendiam o que estava acontecendo, até que num momento, o silêncio foi quebrado pela voz forte do único anubit a bordo:

- Somos leais à Capitã Jey! Terá de nos matar para nos liderar!

- Não estão perdendo sua Capitã, só precisam confiar em mim durante os próximos minutos, se o fizerem, conseguiremos passar pelo temível Long Piete sem que ninguém se machuque.

O anubit não me respondeu, ainda estava desconfiado. Kath, a única com quem eu podia confiar estava fazendo como eu pedi, muitos da tripulação tentaram evitar que a bandeira de sua honrada Capitã fosse baixada, mas consegui apazigua-los, tudo isso estava sendo bem mais difícil do que eu tinha pensado...

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(Cena não presenciada por Van)
O Fantasma Selvagem já estava se preparando para seu primeiro ataque, quando um marinheiro subitamente falou:

- Veja Capitão! Uma bandeira pirata está tremulando no mastro do Tubarão Atroz! Será uma armadilha?

Long Piete pegou a luneta e olhou intrigado.

- Vamos nos aproximar sem atacar, há um amigo lá!



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O Tubarão Atroz e o Fantasma Selvagem foram manobrados de modo a ficarem lado a lado, a duas tripulações pareciam se odiar assim como os Capitães, Long Piete assim que me viu chegou próximo à amurada de seu navio e me saudou:

- Que bom revê-lo, meu velho amigo! Vejo que se rendeu ao nosso estilo de vida!

- Há! Tudo que precisei foi enganar aquela shaeran idiota, um único tiro e jogar seu corpo no mar foram as partes mais fáceis.

Percebi alguns integrantes da tripulação grunhindo atrás de mim.

- Ah! Eu sabia que você seria um bom pirata desde a primeira vez que vi você no mar! Por sinal, acho que até lhe devo um favor, me poupou de algo que me atormentava há anos! – ele deu um belo sorriso como se estivesse se sentindo orgulhoso de mim – mas como sabe, também há honra entre os piratas!

- Honra? Essa é nova para mim... – debochei.

- Bem, não está escrito em nenhum lugar, é só uma questão de bons relacionamentos entre os de nossa categoria – respondeu-me Piete como se fosse um professor me ensinando – promessas, dívidas, favores... são coisas que fazemos questão de cobrarmos de quem nos deve.

Cruzei meus braços e lancei um olhar cínico para o Capitão

- Como aquele favor que você foi me fazer em Aurengard, amigo.

- Ah! Sim... o “favor” claro, mas... eu decidi mantê-lo comigo.

- Macacos me mordam, Van! Você não o conseguiu? Não sei onde estava com a cabeça quando mandei você até lá, já não tem mais a habilidade de antes...

- Estou falando sério, Piete, se não acredita em mim não posso fazer nada...

- E se eu acreditar? – interrogou-me olhando fixo para mim.

- Então terá de vir pega-lo – desafiei-o.

- E se eu preferir destruir todo o seu naviozinho ridículo como fiz com o último que estava?

- Então vai ter de ir pega-lo no fundo do oceano...

- Ora, Van! Você não faria isso! – rugiu Piete para mim com certo tom de dúvida.

- Você não o terá enquanto eu estiver vivo! – e apontei-lhe meu florete.

- Então o terei com você morto! – gritou o Capitão.

Piete sacou seu chicote rapidamente, e com ágeis movimentos e lançou a ponta do chicote na minha direção de modo que conseguiu amarrá-lo em torno do meu pescoço. Senti minha respiração ficando difícil, ele puxou a arma me levando de encontro à amurada do “meu” navio, mas consegui me segurar para não cair na água.

- Já cansei de suas gracinhas, Van! Entregue-me o anel se estiver com ele! Agora!

Enquanto tentava me soltar do fio resistente que prendia meu pescoço, virei o rosto para o lado por um momento e vi um encapuzado saindo da cabine da Capitã furtivamente e seguindo para o leme.

- Capitão! Veja! – gritou subitamente um dos piradas de Long Piete.

Todos olharam na direção da figura, o encapuzado retirou seu manto com um rápido movimento mostrando-se a Capitã Jey, ela ainda teve tempo de gritar ao seu velho inimigo:

- Não achou mesmo que eu perderia meu navio tão facilmente, não é? Haha! Mas não tenho tempo para você agora Piete!

- Não! Parem ela! – gritou o Orc ainda segurando com firmeza seu chicote.

Mas antes mesmo que os marinheiros pudessem puxar suas pistolas, Jey abriu seus braços e respirou fundo como se estivesse enchendo seus pulmões com todo o ar à nossa volta, logo em seguida, soltou todo o ar que aspirou num longo sopro na direção das velas do Tubarão Atroz que se encheram tanto que achei que fossem arrebentar. Um tranco forte fez nosso navio disparar numa velocidade incrível.

Long Piete, ainda preocupado com a Capitã Jey não percebeu quando prendi meus pés na amurada do navio e puxei a corda do chicote com toda minha força, fazendo-o cair para fora do Fantasma Selvagem, mas só percebi que havia cometido um erro quando senti o peso do pirata me puxando para baixo. Felizmente, Kath estava atenta à movimentação e para a surpresa de todos cortou a linha do chicote com sua adaga antes que eu fosse puxado para baixo, logo depois senti uma mão agarrando o colarinho de minha camisa, era o anubit, que me puxou de volta e me jogou no convés evitando que eu caísse na água.

- Atirem seus idiotas! – gritou o Long Piete engasgando-se nas ondas.

Mas o Tubarão Atroz se movia tão rápido que não havia tempo de mirar os canhões, alguns piratas disparam com seus revólveres, mas não acertaram nenhum de nós, em poucos momentos o Tubarão Atroz já se encontrava há uma distância inalcançável.

Levantei-me e corri até a popa do navio, saquei rapidamente minha besta, prendi em seu virote um pequeno saco de couro e disparei na direção do Fantasma Atroz.

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(Cena não presenciada por Van)

Capitão Long Piete, ensopado, subiu de volta ao seu navio com a ajuda de seus marinheiros, estava irado:

- Maldita enguia! Maldito mestiço! Não acredito que os deixamos fugir de novo! Os dois!

De repente, um virote, vindo do Tubarão Atoz prende-se a um dos mastros do navio, há preso nele uma pequena bolsa de couro. Um dos marinheiros a pega e leva ao seu Capitão. Long Piete joga o conteúdo do pequeno saco na sua mão e dele cai um pequeno anel, o Orc olha espantado para o objeto.

Donaar Bang, o conselheiro do Capitão bate em ombro e diz:

- Parece que o excêntrico jovem não tem interesse em se meter na guerra pessoal de vocês, prefere manter a amizade de dois inimigos...

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Abaixei a besta e dei um longo suspiro... “Espero ter feito a coisa certa...” – pensei. Quando me virei dei de cara com a Capitã.

- O que era aquilo?

- Nada... Você não ia precisar dele mesmo...

Ela me olhou confusa. Estaria eu ajudando seu inimigo mortal? Mas naquele momento ela parecia estar feliz por ninguém ter se machucado e resolveu confiar em mim pela primeira vez.

- Fez um bom trabalho, senhor Elthar – e pegou seu chapéu triangular de volta e colocou em sua cabeça.

- Onde está o meu? – indaguei.

- Ele era muito leve, se perdeu na ventania – se virou e saiu andando.

Dei um breve suspiro e murmurei em seguida:

- Droga! Já o segundo que eu perco essa semana!

Mas parece que aquele não era um bom dia para nós, à tarde encontramos outro navio no horizonte...

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BALANÇO GERAL: Março

É isso aí, galera!
Mais um mês se foi e o RPG, Café & Marolo continua em sua jornada incansável em busca de XP!!!
Neste mês tivemos a participação massiva de nossos autores e também a chegada de novos "-Bem vindos!!!"

-Tivemos sexta-feira 13 e crendices, onde aprendemos que a bruxa corre solta.

-Tivemos RPG music, porque, música e RPG combinam!!!

-Tivemos Van aprontando no mar, Aquilon aprontando na "Agréstia das Fadas" (será que a Devir vai traduzir assim mesmo?), briga em alto estilo entre magos elementalistas e um elfo curtindo balada na floresta!

-Tivemos Jill Castle, uma personagem lendária em nossa mesa, mostrando porque veio ao mundo.

-Inauguramos nossa sessão de downloads.

-E apresentamos um novo cenário: Ymirian


Totalizamos 28 postagens! MUITO mais do que as "mirradas" 5 postagens de Fevereiro!

É isso aí! Parabenizamos e agradecemos os autores e principalmente aos leitores!


GO! GO! RPG, CAFÉ & MAROLO!!!



GG - Administrador Escravo
(que não vai postar nada sobre o Dia da Mentira...)








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