A
Península da Prata é uma formação antiga do planeta de Vaniya.
Situa-se a extremo oriente do grande continente central, ligado a
ele, na região de Silverwood, por estreito braço de terra com
apenas 40 quilômetros de largura. Estudiosos afirmam que em apenas
algumas centenas de anos o Golfo de Rinon engolirá de vez a conexão
da península com o continente, transformando-a numa enorme ilha. Seu
clima é bastante equilibrado, enfrentando todas as estações do ano
em períodos de tempo parecidos. Possui terras férteis ainda pouco
exploradas. Conta com uma antiga floresta de carvalhos que cobre a porção
norte da península até o pé de uma estranha formação
rochosa chamada Dente de Pedra. Ao sul, a Cordilheira Argêntea se
mostra rica em minérios de carvão, ferro, níquel e em especial prata,
muita prata. Dois grandes lagos – o Gerden, no centro da península
e o Kerr, mais ao sul, à oeste da cordilheira - são os principais
nodos de uma emaranhada rede hidrográfica que favorece muito o
desenvolvimento da vida na região.
Duzentos
anos depois, um fenômeno interessante aconteceu. Um grande fluxo de
homens e mulheres humanos migrou para a Península de Prata.
Aparentemente fugiam do punho de ferro dos tiranos que governavam o
Reino de Interinon, cuja única cidade é Derinon. Num dado momento,
centenas de embarcações mal construídas cruzavam o Golfo de Rinon
e aportavam ou se despedaçavam na costa oeste da Península. Os
homens rapidamente se espalharam e fundaram pequenos
vilarejos pela região. O primeiro assentamento importante que os
humanos construíram foi o Forte Stanton, na costa oeste por onde
chegaram – era uma forma de manter a vigilância sobre Derinon,
cujos senhores juraram vingança aos emigrantes. Posteriormente, o
posto de Kerrfield foi construído às margens do lago Kerr, ao norte
de Stanton. Os maiores fluxos de imigrantes seguiram mais para o
norte, onde finalmente construíram em apenas poucos meses a grande
cidade de Varinon, que veio a se tornar capital do novo reino que
tinha o nome de Asrinon – significava, na linguagem local
“liberdade construída com as próprias mãos”.
Varinon
ficava à vista, do outro lado do golfo, do posto avançado de
Caprinon – um forte onde a maior parte do exército dos tiranos
ficava, pois fazia fronteira, se bem que bastante distante com terras
dos elfos, com os quais os senhores de Inderinon nunca haviam feito o
menor contato amistoso. Mas o povo de Varinon não os temia, a cidade
fora construída e fortificada, com o passar do tempo, diversas
ordens religiosas, arcanas e de cavalaria se instalavam ou floresciam
na cidade.
Uma vez
que Varinon tornar-se segura, constituindo uma verdadeira muralha
protetora da Península, o Reino de Asrinon passara a se expandir
para leste. Inevitavelmente ocorreu o contato com as raças que já
estavam por lá. Os halflings mais velhos não gostaram dos invasores
e se enfiaram em suas casas na colina resmungando que seu sossego
havia acabado. Os mais jovens sentiram-se muito cativados por essas
pessoas em busca da construção de um lar, descobriram que sua vida
poderia ser mais interessante e excitante convivendo com os humanos
e, com medo de ficarem ranzinzas como os mais velhos, entrosaram-se
facilmente com os recém-chegados. Com os anões, que observaram toda
a saga dos refugiados em direção à península e viram suas cidades
serem erguidas, os humanos perceberam que seria necessário uma
diplomacia um pouco mais erudita. A primeira missão diplomática
oficial do Reino de Asrinon foi liderada pela delegação de cinco
cavaleiros da 1ª Ordem dos Templários de São Cuthbert –
originada nos poucos anos de existência de Varinon, sendo a ordem
mais tradicional do Reino. Os anões concordaram em estabelecer
relações amistosas com os humanos contanto que os últimos se comprometessem a não subir ou
adentrar a Cordilheira Argêntea – os humanos teriam total
liberdade para usar como quisessem as terras baixas. Vendo a
necessidade de se portarem oficialmente, os anões batizam toda a
Cordilheira Argêntea como “União da Citadela Rúnica” - mas
continuam usando o nome da cordilheira internamente.
Eventualmente,
outras raças entravam em contato com os humanos da península. Era
possível encontrar aqui ou acolá um gnomo de passagem, sem que fosse possível saber de onde ele veio ou para onde ia. Nas florestas do
norte de Oakbam, encontrava-se ocasionalmente homens e mulheres altos
e truculentos, com dentes protuberantes – descendentes talvez dos
Orcs que aniquilaram o Clan Duggerdin – entretanto eles não
parecia possuir uma cidade ou assentamento – talvez vivessem em
tribos. Elfos eram raramente vistos longe das florestas de Oakbam,
lugar que por sinal não são suas florestas de origem. Uma pequena
vila de lenhadores e caçadores, que existia dentro da floresta desde
antes da migração já estabelecia contato com os elfos de
Silverwood e permitiam que eles patrulhassem as florestas de Oakbam.
Não são conhecidos descendentes de elfos com humanos dentro da
Península da Prata. O vilarejo, que veio a se chamar Oakbam foi
incluído em Asrinon, após um acordo com o druida local.
Tendo
acertado os assuntos diplomáticos, o humanos deram continuidade à
sua expansão. Fundaram a cidade livre de Colemouth no extremo sul da
península como uma forma de selar a aliança com os anões da
cordilheira. Enquanto diversos lugarejos e vilas se espalhavam pela
península, Emerill, a última cidade fundada, que situa-se a oeste da
península se desenvolveu estonteantemente rápido. Os homens de
Emerill aprimoraram a navegação e partiram para leste, na direção
do desconhecido. Apenas para descobrirem que estariam em uma região
conhecida nos mapas. Vaniya era de fato redonda e a cidade dos homens
dos navios estabeleceu o comércio com nações do outro lado mundo,
mas que na verdade estavam a poucas semanas de viagem da península.
Em apenas 40 anos, Emerill já é a segunda maior cidade de Asrinon,
é uma cidade vibrante e misteriosa. Um lugar de aventuras.
A
religião é um elemento extremamente presente em todos os setores da
sociedade asrinoana. É praticamente impossível encontrar algum
pessoal dentro do reino, seja de qual raça, profissão ou nível
social ela for, que não professe sua fé perante alguma divindade.
Para o povo de Asrinon, os deuses exercem grande influência direta
sobre a vida dos mortais, então é necessário pedir proteção. Os
refugiados de Inderinon afirmam que os tiranos que governam a região
eram possuídos por uma influência maligna chamada Ius. Um semideus
nascido no mundo mortal e que vaga por ele, causando o mal por suas
próprias mãos ou pelas de seus súditos. O grande inimigo de Ius é
São Cuthbert – nascido mortal, e elevado à condição de
divindade por defender incansavelmente a devoção, a ordem e a
bondade. Por este motivo, o santo se tornou o padroeiro de reino. O
embate entre Ius e São Cuthbert é replicado entre Inderinon e
Asrinon.
Créditos do mapa e dos nomes para Ramah (http://www.cartographersguild.com/showthread.php?5556-Vaniya-by-Ramah) - desculpe pessoal, mas não sou muito bom para criar mapas então pego o que os outros fazem mas a história fui eu quem inventou!!! (por favor não entrem no link para não verem o mapa pq vou usar na campanha, né hheheheh)
Depois queria conversar em particular com todo mundo pra poder montar o background dos personagens certinho. Um abraço a todos.
A Ordem
dos Templários de São Cuthbert de Asrinon é a instituição mais
influente em todo a península. Sua sede fica na capital Varinon, mas
está presente também em Colemouth e Emerill, além de ter uma
representação permanente na União da Citadela Rúnica. Os
templários, além de brilhantes guerreiros prontos para defender o
reino a qualquer momento, levam a todo local por onde vão os
preceitos de ordem, obediência e proteção. A maior parte dos
humanos são devotos de São Cuthbert, mas outras raças, talvez por
terem suas próprias deidades raramente se convertem ao bertismo. Em
Emerill, a Ordem dos Templários enfrenta grandes problemas em impor a ordem e com a
falta de fiéis – uma consequência da grande presença de
halflings (que são tão ligados à religião quanto os humanos mas a
professam de outras maneiras) e estrangeiros, vindos dos reinos
além-mar.
São
Cuthbert, apesar de ser o mais adorado em Asrinon, ainda não é tão
poderoso quando as divindades tradicionais – fiéis afirmam que São
Cuthbert, diferente dos outros deuses, mas assim como seus
arquirrival, caminha pelo mundo dos mortais. Desse modo, nos cem anos
de vida do jovem reino, diversas religiões se espalharam e ganharam
notoriedade. A Grã-Ordem de Heironeous (deus da justiça, honra e
bondade) possui um grande templo em Varinon e em diversas localidades
do Reino. Heironeous e São Cuthbert andam de mãos dadas contra o
mal e o caos, entretanto, paladinos de Heironeous têm se preocupado
com o fanatismo da população de Asrinon pode acabar incentivando o
confronto entre as duas nações. O Iluminado Templo Pelor (deus do
Sol) o mais adorado em todo o mundo ainda não tem presença marcante
em Asrinon, mas é possível encontrar seguidores seus ou oferendas a
ele. Outras divindades como Obad-Hai (natureza), Ehlonna (florestas,
fertilidade), Fharlanghn (viajantes) e Procan (mares) são adorados
localmente.
Os anões
talvez sejam mais fanáticos em sua fé por Moradin (deus da terra, criador
dos anões) do que os humanos por São Cuthbert, além disso, não sentem
vergonha alguma em adorar Vergadain (deus da riqueza e sorte) pois acreditam
que a riqueza é uma recompensa justa pelo trabalho. Em resposta ao
atos diplomáticos dos humanos os anões usam representantes de
Berronar (deusa anã da segurança e verdade) em representações
diplomáticas como uma forma de gratidão pelos humanos terem
respeitado seu lar e optado pela paz. Os halflings possuem sua
própria forma de professar a fé, por isso seus deuses representam
festas, bebedeiras, comilanças e diversão, os principais são
Yondalla (fertilidade, criadora dos halflings) e Olidammara (ladrões,
farra, artistas) e possuem muitos seguidores entre os humanos
principalmente.
Asrinon
é um reino jovem e com muito a crescer. Um reino onde há lugares a
serem explorados. Um reino onde a fé é forte e os deuses estão
presentes. E está de portas abertas para ser conhecido.
Créditos do mapa e dos nomes para Ramah (http://www.cartographersguild.com/showthread.php?5556-Vaniya-by-Ramah) - desculpe pessoal, mas não sou muito bom para criar mapas então pego o que os outros fazem mas a história fui eu quem inventou!!! (por favor não entrem no link para não verem o mapa pq vou usar na campanha, né hheheheh)
Depois queria conversar em particular com todo mundo pra poder montar o background dos personagens certinho. Um abraço a todos.