quarta-feira, 18 de março de 2009

Folhas que caem.

O Grande Conselho.

Hoje o conselho de guerra vai se reunir, todos os patrulheiros foram chamados. Relatos de alguns dos nossos que formam a guarda avançada de Luminares dão conta que os góblins já se reunem. Quatro das seis tribos maiores já montaram acampamento, os nossos batedores relatam que dentro de quinze dias eles estarão prontos para marchar sobre nós. Nossa situação é crítica, um ataque em massa para o qual não estejamos preparados significaria nossa completa destruição.


Por decisão do conselho as patrulhas serão dobradas, mais postos de observação serão estabelecidos. Todos os elfos capazes de tomar parte na guerra serão convocados e aqueles que não estejam em condições serão incumbidos de montar postos de provisão e ajudar nos processos de fortificação. As altas sacerdotisas darão início aos ritos de preparação a partir de amanhã. Um pequeno destacamento de patrulheiros será incumbido de construir armadilhas por toda Floresta. Se estes malditos góblins pretendem entrar em nosso amado lar, pagarão caro pela ousadia.


Ao final do conselho eu e mais quatro companheiros fomos a presença de Ainun, todos com a intenção de partir pela manhã no destacamento destinado a dificultar o avanço de nossos inimigos. Além de mim estavam ali: Valandil, lâmina do vento - meu antigo tutor e o melhor espadachim que conheci; Ellandan, flecha do trovão, e seu irmão mais novo chamado Elrohir - o primeiro, um exímio arqueiro, o segundo acabara de completar seu treinamento. E Finalmente Idril mestre das feras.

Após convencermos Ainun a nos deixar partir, fomos em direção as nossas casas. A noite estava silenciosa como a eternidade. Uma noite de Inverno com uma beleza pálida, fascinante, um silêncio que pairava sobra nós como se a própria vida segurasse a respiração para não perturbar-lhe a tranquilidade. Caminhei para minha cabana no altos das árvores e ali parei contemplando o céu e seus diamantes. Permanci assim, vislumbrando o infinito por um tempo que não sei dizer ao certo. O espírito da noite vinha até minha alma e a tomava em seus braços, meus pensamentos se tornaram vagos até que já não pudesse mais dizer se eram meus ou da calma escuridão, talvez tenha sido ela que guiou meu olhar para o ponto do qual eu sempre o desviava. Então mesmo dentro da escuridão eu pude vê-la, parada em sua janela, contemplando a mesma noite que me acalmava. E no mesmo instante soube que ela também me via. Alandriel, o Véu da Noite.

Ali, de frente um para o outro dentro da escuridão, permanecemos por um breve instante, ou teria sido por longas horas... Meus sentidos se confundiam, minha alma mergulhava em serenidade. Ali naquela noite, apesar de nossos corpos separados, nossos espíritos voaram unidos na imensidão, como duas folhas ao vento.


4 comentários:

  1. Ta ai mais um capitulo da historia. Agradecimentos especias ao Felipe que conseguiu a foto dessa elfa gatona ai além de ter dado a ideia para ela ser criada ehhehe


    vamo que vamo povo

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  2. Pepo, cara, vou dar o mesmo recado que eu dei pro Thiagão:

    "Se tiver cena de sacanagem, pode deixar que eu faço questão de desenhar!!! :)"

    hauahuahuahuauahuua

    Zueiras à parte, tá ficando fera, cara.
    Mas, quanto à cronologia... esta história tá acontecendo antes do "Segredos de Narati", certo?
    Porque, ser for, vou ver um velho conhecido!
    \o\ \o/ /o/ \o/ \o\ \o/ /o/ \o/ \o\ \o/ /o/

    GO! GO! Peporius!!!

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  3. muito fera Pepo^^ é assim que eu gosto! histórias que possa enriquecer a campanha^^

    e também tá ficando bem legal ^^

    parabéns

    e vamo que vamo, escritores! haha

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  4. OPa! Tua história está otima como sempre... naum esquece no que precisar estamos ai...

    Vamos rumo a literatura! Avante escritores...

    \o/

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