sábado, 7 de março de 2009

Piratas, Magia e Aranhas

Capítulo 2: No Navio


Depois de duas semana de viagem eu estava começando a me familiarizar com a vida no mar, os marinheiros já haviam me ensinado algumas expressões, cantorias típicas e a gostar de rum, eu estava me divertindo bastante naquele lugar. Nosso objetivo era chegar a uma das colônias de Leonna para entregar um carregamento de objetos de luxo.

Capitão Adler era um homem tranquilo apesar de seus acessos histéricos frequentes, como o da vez em que o conheci, passava a maior parte do tempo em sua cabine. Banin, um halfling grumete, me disse certa vez:

- Sua mulher foi cruelmente assassinada por ladrões enquanto ele ainda morava em uma pequena vila de Sankarah, daí, se entregou ao mar e batizou o navio com seu nome: “Irene”.

Aproximadamente no décimo sétimo dia de viagem, ouvimos um grito do mastro central:

- Navio à vista!

A esse ponto da viagem já nos encontrávamos bem ao sul da Península de Adaga, lugar cheio de ilhas desertas onde os piratas adoram... Fazer coisas de piratas – atacar navios, enterrar tesouros e beber rum.

- Tubarões me mordam! É o Capitão Long Pieter! – disse o Capitão Adler abaixando a luneta em mais um acesso histérico.

- Pieter? Esse nome não me parece estranho, quem é esse? – Respondi.

- Ele é o maior pirata dos mares! Ataca a todos sem descriminação e sua tripulação é dotada de uma crueldade sem tamanho. Dê a volta!
- Não vamos conseguir Capitão, o Fantasma Selvagem se aproxima muito rápido!

- AAAARRRR! Então se preparem para a batalha!

Uma grande movimentação se deu dentro do navio, canhões sendo carregados, gritaria, corrida. Senti meu sangue fervendo, puxei meu velho florete e minha recém adquirida pistola e fiquei esperando próximo da amurada, o Fantasma Selvagem era uma bela fragata com uma bandeira negra tremulando no mastro, rápida e muito bem equipada, ideal para um grande pirata, nosso pequeno Irene não teria a menor chance, ele virou de estibordo, com uma manobra incrível e pude ver pequenos pontos negros ao longe vindo na nossa direção.

- Cuidado! Ataque!

Uma chuva de bolas de ferro caiu sobre o navio num ataque devastador, o convés se encheu de buracos, um dos nossos canhões escorregou para o mar levando dois marinheiros consigo.

- Ataquem de volta! – gritei desesperado.

- Estamos muito longe, precisamos nos aproximar mais!

O Fantasma Selvagem se aproximava de nós a uma velocidade incrível, virando mais uma vez com graciosidade, para bombordo, disparou novamente seus vinte e quatro canhões, dessa vez foram bolas “uvas” como chamamos, elas não causam o menor estrago no navio, mas em compensação, quando tocam o chão explodem mandando pequenas balas de ferro em toda a tripulação, duas delas me acertaram uma na perna e outra no abdômen, mas a maioria da tripulação levou tiros letais.

- Ataquem agora! – gritou nosso capitão.

Mas apenas cinco canhões disparam, e com uma precisão horrível, três delas caíram no mar e os que acertaram não causam grande estrago. Capitão Long Pieter, manobrou seu navio de modo que ficasse paralelo ao nosso, a apenas três metros de distância. Uma tripulação furiosa com mais de cento e vinte piratas invadiu nosso navio. Acertei um deles com minha pistola enquanto se agarrava na corda para balançar, logo em seguida dei uma estocada no peito de outro que acabara de pousar em nosso navio.

- São muitos, socorro! – gritou o pequeno Banin enquanto tentava se libertar de dois piratas que o seguravam com força.

Corri até ele, subi numa caixa que estava ao lado, pulei dela e aceitei a cabeça de um dos piratas com o cabo da espada, o halfling com um braço solto, conseguiu puxar um punhal de sua bota e acertar o abdômen de outro pirata.

- Obrigado Van! Capitão Adler está no leme, precisamos ajudá-lo!

Corremos pelo convés desviado dos buracos e dos piratas, agarrei uma corda e voei até o deck do leme batendo meus pés no peito de um pirata que duelava com Capitão Adler, fazendo-o cair no mar, Banin escalou a parede com a agilidade de um gato, passou uma rasteira no pirata e fincou o punhal em seu peito, Capitão Adler após uma estocada certeira na barriga de outro pirata disse:

- Obrigado vocês dois, mas acho que não temos chance...

Mais piratas subiram ao deck, nós três os esperávamos com as espadas apontadas para os eles em posição de duelo, cerca de vinte piratas nos cercaram no deck, não havia outra escolha, soltamos nossas armas e levantamos nossos braços para o alto.

O navio fora tomado.

4 comentários:

  1. Poxa vida Thiagao, ta frenetico, quem sabe um dia eu não me miro no seu exemplo e animo de escrever historias tb.

    mandou bem!

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  2. Com certeza! Frenético morfético!!!
    hehe as balas "uva" me lembraram daquele jogo... PIRATES!!!... ai ai... que nostalgia...

    Grande Thiagão!! GO!GO!GO!

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  3. obrigado a todos hehehehehe

    a parte das balas "uvas" foi baseada no jogo mesmo heheehhehe

    obs.: gostaram do pirata do rum Montila como imagem? hehehehehehehe

    um granda abraço

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  4. Bem emocionante hein... e o pirata do rum montila... nem se fala...

    hehehehe

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